Segurança e Socialização: O Papel do Esporte na saúde mental
Criar hábitos saudáveis desde a infância pode ter um impacto duradouro na saúde mental dos indivíduos. De acordo com novas pesquisas, atividades físicas simples, como correr, brincar ou participar de um time, podem deixar marcas significativas que se estendem por décadas, reduzindo a probabilidade de transtornos mentais na vida adulta. Essa é a essência dos resultados de estudos recentes que destacam a importância do esporte durante os primeiros anos de vida.
Mais do que os benefícios físicos já conhecidos, a prática regular de exercícios na infância parece representar um investimento em saúde emocional a longo prazo. Isso é especialmente verdadeiro quando as atividades são supervisionadas por profissionais qualificados e realizadas em ambientes seguros e organizados.
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Um estudo sueco amplamente referenciado, publicado no British Journal of Sports Medicine, explora essa temática. Intitulado “Impacto da atividade física na incidência de transtornos psiquiátricos durante a infância: um estudo longitudinal com coorte de nascimentos sueca”, ele acompanhou mais de 16 mil crianças para examinar a relação entre a prática de esportes e a saúde mental na adolescência.
Os resultados foram encorajadores: a cada hora adicional de atividade física diária observada aos 11 anos, o risco de desenvolver transtornos mentais antes dos 18 anos diminuiu em média 12%. Para as crianças envolvidas em esportes organizados, a redução foi ainda mais significativa.
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Complementando esses achados, uma revisão publicada na BMC Public Health em 2025 analisou diversas pesquisas sobre o tema e confirmou que a prática regular de exercícios físicos contribui para a diminuição de sintomas de ansiedade e depressão, além de promover a autoestima e fortalecer habilidades sociais em crianças e adolescentes.
Esses efeitos positivos estão relacionados não apenas à biologia — como a liberação de serotonina e endorfina — e à melhora na qualidade do sono, mas também ao contexto social em que as atividades são realizadas. Participar de treinos em grupo, aprender a respeitar regras, desenvolver disciplina e notar a própria evolução são aspectos que ajudam a construir um equilíbrio emocional e uma maior autoconfiança.
Os benefícios do esporte se tornam ainda mais evidentes quando há um acompanhamento profissional adequado. Educadores físicos, treinadores e psicólogos esportivos desempenham um papel crucial em garantir que as atividades sejam seguras, apropriadas à faixa etária e livres de pressões excessivas por resultados. Programas mal estruturados podem gerar frustração e desinteresse, sugerindo a necessidade de um ambiente acolhedor e bem orientado para o desenvolvimento das crianças.
Portanto, os dados indicam que investir em atividade física para a infância é também um investimento em saúde pública. Num momento em que a tecnologia compete pela atenção dos jovens, é fundamental criar oportunidades para que crianças e adolescentes se movimentem, brinquem e socializem. Essa abordagem se revela um passo crucial para garantir que adultos mais equilibrados e mentalmente saudáveis surjam no futuro.
