Evolução da Proposta das Prerrogativas Parlamentares
A oposição na Câmara dos Deputados está considerando acelerar o andamento da chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das prerrogativas parlamentares, motivada pela expectativa de obter maior apoio do Centrão para essa questão. Essa proposta, uma vez aprovada, exigiria a autorização do Congresso para a abertura de ações penais contra parlamentares e restringiria a possibilidade de prisões apenas a casos de flagrante ou a crimes inafiançáveis.
Embora esse tema tenha ganhado destaque, a prioridade entre os deputados aliados a Jair Bolsonaro continua sendo a revogação do foro privilegiado e a anistia para aqueles condenados pelos eventos de 8 de janeiro de 2023, bem como para os implicados na tentativa de golpe de Estado.
Até o presente momento, a oposição não obteve apoio suficiente na Câmara dos Deputados para avançar com nenhuma das três propostas em pauta. A próxima reunião entre os líderes da Casa está programada para terça-feira, dia 19, quando os bolsonaristas tentarão novamente emplacar suas propostas.
Hugo Motta, presidente da Câmara e membro do Republicanos da Paraíba, já deixou claro que a pauta da oposição não receberá atenção prioritária ao longo do segundo semestre. No entanto, fontes nos bastidores mencionam que ele pode reconsiderar, caso veja que há uma maioria que apoia a proposta.
Os opositores expressaram insatisfação com o entendimento que levou à desocupação do plenário da Câmara na semana anterior, que envolveu um compromisso de avanço nas propostas. Apesar disso, Motta não esteve diretamente envolvido nas negociações e negou ter feito qualquer promessa.
O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, que é considerado um importante aliado de Motta, foi quem conduziu as conversas com a oposição. Desde o recesso, quando as atividades parlamentares foram suspensas, nenhum progresso foi observado em relação às pautas tanto bolsonaristas quanto governistas, como a ampliação da isenção do Imposto de Renda.