Iniciativa do Idaf Destaca a Importância da Prevenção
O governo do Acre, por intermédio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), promoveu nesta quarta-feira, 3, um curso no auditório da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em Cruzeiro do Sul, voltado para a capacitação de produtores de banana. O evento reuniu engenheiros agrônomos, técnicos e agricultores com o intuito de instruir sobre o manejo adequado da cultura, além de medidas para diagnosticar, conter e erradicar os focos da praga conhecida como moko da bananeira.
A primeira ocorrência do moko da bananeira no Acre foi confirmada em 10 de setembro de 2025, na cidade de Rodrigues Alves. Desde essa data, o Idaf tem intensificado suas ações de monitoramento, educação sanitária e inspeções nas áreas de cultivo de banana, com foco especial em propriedades comerciais e locais onde há maior circulação de frutos. Essas medidas visam evitar a propagação da doença e eliminar focos já existentes.
Embora o moko cause sérios danos às plantações de banana, não representa risco à saúde humana ou animal.
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Fonte: edemossoro.com.br
Alaildo Lima Câmara, um dos produtores afetados e morador da Praia da Amizade, onde o primeiro caso foi registrado, compartilha sua experiência. “A banana é a principal fonte de renda da minha família, mas notei que minha plantação estava morrendo. Quando a equipe do Idaf realizou os testes, confirmou a presença da praga. Fiquei alarmado, mas agora preciso esperar o prazo indicado e, enquanto isso, vou plantar em outra área”, contou Alaildo.
Ações em Alinhamento com Entidades Governamentais
As iniciativas de combate à praga estão sendo realizadas em conjunto com a Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (SFA/AC) e o Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Waldirene Gomes, chefe do Departamento Tático Vegetal e Florestal do Idaf, explicou: “O moko é uma doença severa, e, uma vez estabelecida, pode gerar perdas irreparáveis. Nosso foco é capacitar os produtores para que reconheçam os primeiros sintomas e adotem práticas de biossegurança, prevenindo a expansão da doença.”
Durante a capacitação, foram discutidos os principais sinais da doença, que incluem frutos amarelos em cachos ainda verdes e sintomas de podridão seca nos frutos, que apresentam coloração parda. Além disso, é comum encontrar plantas jovens e adultas com folhas amareladas e murchas, o que pode ser um indicativo da presença da bactéria, confirmada por meio de análises laboratoriais.
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Importância da Comunicação para o Sucesso das Medidas de Controle
Marcos Pereira, chefe do escritório da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) em Cruzeiro do Sul, destacou a relevância da colaboração entre órgãos públicos e agricultores. “A comunicação rápida e precisa é crucial. Quando o produtor sinaliza suspeitas e segue as orientações, o Estado consegue agir de forma eficaz. Esse alinhamento entre governo e agricultor é fundamental para conter a doença e evitar prejuízos maiores. Estamos comprometidos em oferecer apoio técnico e toda a infraestrutura necessária para que os produtores enfrentem esses desafios com tranquilidade. A prevenção é sempre o melhor caminho, e isso só funciona se todos fizerem sua parte”, enfatizou Pereira.
Gabriela da Silva Tamwing, palestrante do curso e Chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal do Idaf, também ressaltou a necessidade de capacitação prática. “É vital que os produtores aprendam a identificar os sintomas precocemente, pois o tempo de resposta é crucial para o controle e erradicação da praga. Quanto mais cedo a suspeita é relatada, maiores são as chances de impedir a propagação para outras áreas. A orientação técnica em campo é uma ferramenta indispensável nesse processo”, afirmou Tamwing.
Compromisso com a Sustentabilidade da Bananicultura no Acre
O presidente do Idaf, José Francisco Thum, reforçou que o combate ao moko requer união e celeridade entre as instituições e os produtores. “Estamos enfrentando uma praga que ameaça uma das principais cadeias produtivas do nosso estado. Cada ação de vigilância, notificação e capacitação é essencial. O Idaf está dedicado a atuar com rigor técnico e transparência, garantindo que os produtores não fiquem desprotegidos e que possamos manter a bananicultura forte e produtiva no Acre”, declarou Thum.
Com a realização do curso e as ações de vigilância avançando, o Idaf enfatiza que o Acre possui condições climáticas ideais para o cultivo de banana durante todo o ano. Além disso, a bananicultura é responsável por gerar milhares de empregos e garantir uma produção significativa. Portanto, é essencial a colaboração entre governo, técnicos e produtores para proteger essa importante atividade agrícola no estado.
