Servidores da Prefeitura Buscam reajuste salarial
Na manhã de terça-feira (23), em um ato significativo, servidores da Prefeitura de Rio Branco se reuniram na Câmara Municipal para exigir que a administração local cumpra os reajustes salariais prometidos. Dentre as categorias presentes, estavam coveiros, agentes comunitários de saúde, e agentes de endemias, todos clamando por melhorias em suas condições de trabalho.
O presidente da Associação dos Servidores Municipais de Rio Branco (Assemurb), José Augusto, expressou a indignação da classe, revelando que a atualização do piso salarial é uma demanda que se arrasta desde janeiro. “Todo mês de janeiro ocorre o ajuste do piso. Desde o dia 11 de janeiro deste ano, os recursos estão sendo repassados ao município, mas a correção nas tabelas salariais ainda não foi realizada. Essa é uma discussão que iniciamos em 2022 e que até agora não teve solução,” destacou.
De acordo com Augusto, a gestão municipal justifica a falta de reajuste com dificuldades orçamentárias. Contudo, ele ressaltou que no caso dos agentes comunitários de saúde e endemias, uma emenda constitucional de 2020 isenta esses trabalhadores do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Não há justificativa para não efetuar o repasse do piso,” completou.
O sindicalista também chamou atenção para a situação dos coveiros que, segundo ele, enfrentam desvalorização e perda de direitos. “Os coveiros desempenharam um papel crucial durante a pandemia, mas nunca receberam um agradecimento. Eles ainda perderam gratificações que eram essenciais para sua remuneração em trabalho realizado aos finais de semana e em horários prolongados. É comum que um enterro se inicie às 17h e só termine por volta das 20h, e esse esforço não tem sido reconhecido pela administração,” lamentou.
José Augusto destacou que a Assemurb está mobilizando esforços para obter apoio dos vereadores, tanto da base quanto da oposição, a fim de pressionar a Prefeitura a honrar o compromisso do reajuste. “Já estamos em setembro e nada foi feito. O piso é nacional, não há espaço para discussão. É necessário apenas aplicar a tabela e assegurar os direitos dos servidores,” concluiu.