**Coxeando Entre Dois Pensamentos: A Crise e a Luta pela Amazônia**
A estiagem prolongada tem causado um impacto devastador na natureza, transformando o cenário da Amazônia em um ambiente árido e desolador. O clima seco e extremo se assemelha ao de um deserto, onde os rios antes caudalosos agora se resumem a pequenos fiapos de água. As poças d’água, escurecidas e ácidas, se acumulam nos igarapés e nas fontes hídricas, revelando um quadro alarmante: a vida na região agoniza.
Ao contrário dos desertos, onde à noite a Via-Láctea brilha intensamente, a fumaça densa que cobre o céu na Amazônia produz uma cena apocalíptica. O Sol e a Lua, tingidos de vermelho, parecem anunciar a iminência de guerras e tragédias. Nesse cenário de calamidade, as unidades de saúde, como postos, Upas, Uraps e Pronto Socorros, estão superlotadas. A população, desesperada, troca alimentos por medicamentos, buscando uma forma de sobrevivência em meio ao caos.
Enquanto isso, as autoridades chegam em uma espécie de “cavalaria”, criticando e denunciando aqueles que ocupam ilegalmente terras, desmatam a floresta e provocam incêndios devastadores. Esses discursos inflamados, cheios de paixão e fervor, clamam pela justiça. Comumente, o clichê de que “crianças e idosos são os mais afetados” é repetido em meio a acusações direcionadas a adversários ideológicos. A força da justiça, com suas promessas de ação, busca punir aqueles que destroem os rios, os igarapés e, consequentemente, afetam a saúde das pessoas intoxicadas pela fumaça.
No entanto, essa mesma “cavalaria” se vê em um ciclo repetitivo. Em uma nova rodada de discursos apaixonados, vozes se levantam como trovões, exigindo justiça e direitos para aqueles que anteriormente eram considerados criminosos. Os que antes apontavam dedos para os outros agora são confrontados com suas próprias contradições. Eles fazem as leis, governam o país, mas ainda assim culpam os opositores pelas crises que se agravam.
A realidade é que, até que as queimadas, a poluição, as doenças e a morte de idosos e crianças se tornem insuportáveis, as posições desses líderes tendem a mudar. Eles “coxeiam entre dois pensamentos”, como ondas do mar que são levadas e agitadas pelo vento. Isso levanta a questão: “E se suas ações contradizem suas palavras, como podemos acreditar neles?”, refletindo uma profunda desconfiança na política atual.
Ademais, é importante ressaltar que existem vozes dissidentes que defendem um modelo de desenvolvimento sustentável e responsável para a Amazônia, em contraste com as propostas dos ambientalistas. Líderes políticos têm se mostrado inflexíveis em seus discursos, e a situação só tende a se agravar se as leis ambientais não forem modificadas. A expectativa é de que, sem mudanças significativas, a situação permanecerá estagnada, como se nada tivesse mudado.
Enquanto isso, as chapas para as eleições estaduais se preparam, com ex-prefeitos, ex-vereadores e ex-deputados dominando as listas, deixando de lado aqueles que realmente têm um mandato atual. A pressão sobre o governo é constante, com apelos para que secretários não participem das eleições no próximo ano. Isso reflete uma luta interna por influência e poder, enquanto o MDB tenta se reerguer após uma derrota significativa nas últimas eleições, sem eleger um único prefeito.
A necessidade de alianças sólidas torna-se cada vez mais evidente. O partido precisa garantir um apoio robusto para construir chapas competitivas tanto para as eleições estaduais quanto federais. A frase “Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia” ecoa em meio a essa transformação, ressaltando a inevitabilidade da mudança.
Além disso, a ação do icmbio na resex tem gerado repercussões políticas significativas para o governo federal, com produtores rurais expressando descontentamento. Palavras como “socialismo”, “comunismo”, “Venezuela” e “Cuba” ressoam nas manifestações, refletindo a polarização que permeia o debate.
Por fim, a ex-deputada federal Mara Rocha faz uma correção necessária sobre sua trajetória política, esclarecendo que, embora tenha sido eleita em 2018, nunca disputou o Senado com Bittar ou Alan Rick. Na verdade, ela concorreu ao governo em 2022, obtendo mais votos do que seus adversários. Essa retificação destaca a complexidade do cenário político atual, onde cada palavra e ação podem ter um peso significativo.
Neste contexto desafiador, a Amazônia e seu povo precisam de soluções reais e sustentáveis. Cada ação conta, e as contradições devem ser abordadas com seriedade para que a região possa florescer novamente.