Prisão do Advogado e Consequências da Investigação
O advogado Keldheky Maia da Silva, identificado como um dos suspeitos envolvidos na confusão que culminou na trágica morte da assessora jurídica Juliana Marçal, teve sua prisão preventiva decretada. O profissional deve ser transferido, ainda nesta quinta-feira (7), para o quartel do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Acre.
No final da tarde, o advogado foi levado para a Delegacia de Flagrantes (Defla), sob a escolta de investigadores da Delegacia de Homicídios. A ordem de prisão foi emitida pelo juiz Alesson Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar, a pedido da própria Delegacia de Homicídios, que conduz as investigações do caso.
Keldheky se apresentou voluntariamente ao delegado Alcino Ferreira Júnior, responsável pelo inquérito, e agora aguarda os procedimentos necessários para ser levado ao local onde permanecerá custodiado. A morte de Juliana Marçal ainda está sob investigação, e a prisão preventiva de Keldheky representa uma das primeiras medidas adotadas pela Justiça no âmbito do inquérito que apura os eventos que cercam o caso.
Assista ao vídeo com a chegada do advogado na Defla abaixo:
Na mesma noite, Rio Branco, a capital do Acre, foi cenário de violência, com dois ataques armados atribuídos a uma organização criminosa. Os incidentes deixaram um morto e uma pessoa gravemente ferida em diferentes bairros da cidade.
A primeira vítima, Ronaildo dos Santos Nunes, de 39 anos, foi executado a tiros no Conjunto Universitário. Testemunhas relataram que Ronaildo estava em sua residência, localizada nos fundos de uma distribuidora, quando foi surpreendido por três criminosos armados, que chegaram em duas motocicletas. Eles utilizaram os capacetes para ocultar as armas e dispararam pelo menos cinco vezes, atingindo o tórax e o abdômen da vítima. Após o ataque, os criminosos fugiram em alta velocidade, e um veículo escuro pode ter dado suporte à ação.
Ronaildo foi levado por vizinhos ao pronto-socorro da cidade, mas não sobreviveu aos ferimentos e faleceu logo após a chegada à unidade de saúde.
Pouco tempo depois, um segundo ataque ocorreu na Rua Padre Paulino, no Conjunto Rui Lino, e supostamente foi cometido pelos mesmos criminosos. Fagner Braga de Lima, de 27 anos, estava dirigindo um veículo modelo Saveiro quando foi atingido na cabeça por um disparo. Mesmo ferido, ele conseguiu dirigir até uma rotatória, onde colidiu com uma placa de sinalização e, após percorrer mais alguns metros, parou. Ao abrir a porta para solicitar ajuda, desmaiou na rua.
Moradores da área chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que enviou duas equipes. Fagner foi estabilizado e levado em estado gravíssimo ao pronto-socorro de Rio Branco, onde permanece internado. A Polícia Militar isolou o local e iniciou as buscas na cidade, mas até agora, nenhum suspeito foi detido. A investigação está sendo conduzida inicialmente pela Equipe de Pronto Emprego (EPE) da Polícia Civil e, posteriormente, será remetida à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
As autoridades não descartam a possibilidade de que os ataques estejam relacionados a disputas entre facções criminosas que atuam na região.