Decisão Judicial e Defensoria
A Justiça do Acre decidiu, nesta sexta-feira, 11, manter a prisão temporária de Diego Luiz Gois Passos, o principal suspeito do atropelamento que resultou na morte de Juliana Chaar, uma bacharela em Direito de 35 anos. O incidente ocorreu durante uma confusão em frente à boate Dibuteco, em Rio Branco, na madrugada de 21 de junho. A determinação, publicada pela 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco e Auditoria Militar, sustenta a necessidade de custódia cautelar para o avanço das investigações.
Felipe Muñoz, advogado de defesa de Diego, comunicou ao portal A GAZETA que pretende recorrer da decisão. “Após revisar o processo, já esperávamos por essa resolução. O juiz solicitou a inclusão do inquérito no processo e, agora, aguardaremos os desdobramentos da investigação,” declarou. O defensor ainda informou que os resultados do inquérito devem ser apresentados em um prazo de 30 dias.
Em sua decisão, o juiz Alesson José Santos Braz indeferiu o pedido de revogação da prisão temporária feito pela defesa, apontando que não houve nenhuma nova evidência que justificasse a liberação do acusado. “A necessidade de manutenção da detenção do investigado é justificada pela gravidade do crime e pelo fato de que ele não prestou socorro à vítima nem se apresentou à polícia após o ocorrido,” afirmou o juiz.
Rejeição de Solicitações e Detalhes do Caso
A Justiça negou ainda o pedido de prisão domiciliar, alegando que Diego teria responsabilidade por um filho menor de 12 anos, uma alegação que não foi comprovada documentalmente. Além disso, a possibilidade de aplicar medidas cautelares alternativas à prisão foi também descartada.
Em relação ao pedido de habilitação como assistente de acusação feito pelo pai de Juliana, o juiz considerou a solicitação inaplicável neste estágio da investigação.
Para relembrar, Juliana Chaar perdeu a vida após ser atropelada nas proximidades da boate, durante uma briga generalizada. A defesa de Diego argumenta que ele teria reagido a um disparo de arma de fogo feito por Keldheky Maia, advogado e amigo da vítima, fugindo do local por se sentir ameaçado.
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Embora a defesa sustente que Diego considerou retornar para socorrer Juliana, ele teria desistido ao perceber a aglomeração de pessoas, o que o deixou inseguro. A informação é de que, apesar de estar em Rio Branco, Diego permanece foragido desde a decretação da prisão temporária, que ocorreu no dia seguinte ao trágico incidente.
A Justiça também autorizou a busca e apreensão de materiais em sua residência e a quebra de sigilo de dados de dispositivos eletrônicos que podem ser fundamentais na elucidação dos fatos. O caso segue sob a investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).