Os debates na Câmara Municipal de epitaciolândia, ocorridos durante a 18ª sessão Ordinária, trouxeram à tona questões cruciais sobre o desenvolvimento sustentável, a gestão ambiental e a valorização da cultura local. Os vereadores, em um ambiente de intensa discussão, expressaram preocupações significativas acerca da atuação do Instituto Chico mendes de Conservação da Biodiversidade (icmbio) na administração da Reserva Extrativista Chico mendes. As críticas se concentraram na eficiência das políticas ambientais implementadas, especialmente em relação à prevenção de queimadas, ao fomento da agricultura familiar e à importância de resgatar a história e a identidade cultural da região.
Durante a sessão, os parlamentares destacaram a urgência de promover políticas que harmonizem a proteção ambiental com o desenvolvimento econômico, especialmente para aqueles que dependem da terra para sua subsistência. O vereador Rosimar Menezes, do partido REPUBLICANOS, enfatizou que é fundamental equilibrar a preservação do meio ambiente com as necessidades das comunidades locais. “Precisamos de ações efetivas que beneficiem quem vive da terra e que respeitem a cultura e as tradições dos nossos habitantes”, afirmou Menezes, que também criticou a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, por sua gestão à frente do icmbio.
A vereadora Eliade Maria, do PL, ressaltou a importância de um Plano de Contingência de Incêndios, um documento estratégico que visa prevenir e combater queimadas, especialmente em um cenário de estiagem crescente. Ela elogiou o trabalho da Defesa Civil e do sargento bombeiro Cleutis, que tem liderado os esforços para estruturar medidas de proteção. “Diante dos primeiros sinais de seca, é crucial que este plano seja executado para preservar nossa população e nosso ambiente natural”, destacou Eliade, sublinhando a necessidade de parcerias entre as esferas municipal, estadual e federal para evitar tragédias como as ocorridas em anos anteriores.
A sessão também abordou as preocupações levantadas pelo vereador Cleomar Portela, do PP, que se dedicou a discutir a valorização da memória local e as demandas das comunidades rurais. Portela elogiou o trabalho de mapeamento da história e das personalidades locais realizado por uma professora aposentada, destacando que iniciativas como essa são essenciais para preservar a identidade cultural de epitaciolândia. “Precisamos apoiar esses esforços que ajudam a contar a nossa história e a fortalecer nossa comunidade”, disse ele, ressaltando a importância do café como uma vocação natural da região e a necessidade de políticas públicas que incentivem a produção rural.
Por outro lado, o vereador Miro Bispo, do PDT, fez críticas contundentes à falta de transparência do icmbio e à dificuldade de acesso a informações que afetam as comunidades tradicionais. Ele destacou que a Lei de Acesso à Informação deve ser cumprida, especialmente em situações que impactam diretamente a vida de centenas de famílias. “Não podemos aceitar que decisões que afetam nossas vidas sejam tomadas longe da realidade que vivemos”, afirmou Bispo, chamando atenção para a desconexão entre as políticas ambientais e as necessidades reais das comunidades que habitam a floresta.
O vereador Ari mendes, do SOLIDARIEDADE, apresentou um inovador Plano de Contingência para lidar com eventos climáticos extremos, que inclui a criação de uma sala de monitoramento equipada com tecnologia avançada para acompanhar em tempo real a situação ambiental da região. mendes destacou a importância de estar preparado para enfrentar tanto secas quanto enchentes, ressaltando que a prevenção é a melhor estratégia para proteger a população.
Por fim, o vereador José Henrique, do união, trouxe à tona uma agenda voltada para a juventude e o desenvolvimento social, enfatizando a necessidade de integrar as ações do município com as demandas da população. Ele destacou iniciativas que promovem a capacitação profissional e a valorização do esporte, tanto em sua forma tradicional quanto em modalidades eletrônicas, buscando criar oportunidades para a juventude de epitaciolândia.
Esses debates refletem a crescente insatisfação com as políticas federais na região, onde a luta pela preservação ambiental deve andar lado a lado com o desenvolvimento econômico e a valorização cultural. A Câmara Municipal de epitaciolândia se apresenta, assim, como uma plataforma de diálogo e reivindicação, buscando soluções que atendam aos interesses das comunidades locais e garantam um futuro mais sustentável e justo para todos. A participação da população nas sessões é fundamental para fortalecer a democracia e garantir que as vozes dos cidadãos sejam ouvidas e respeitadas nas decisões que moldam o futuro de epitaciolândia.