Festival Elos e a Celebração da cultura Criativa em Fortaleza
Na vibrante praia de Iracema, em Fortaleza (CE), centenas de pessoas se reuniram para um evento que promete ficar na memória: o Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR) + Ibero-América 2025. No penúltimo dia de festividades, a música tomou conta do espaço com apresentações de artistas renomados como Iza e Getúlio Abelha, em uma parceria com o Festival Elos, que celebra sua sétima edição.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, subiu ao palco ao lado da secretária de Cultura do Ceará, Luísa Cela, e ressaltou a importância do MICBR para o fomento da economia criativa no Brasil. “Estamos vivendo um momento especial após a reintegração do Ministério da Cultura. Este evento é um espaço de conexão entre quem cria e quem consome cultura e arte. Nosso objetivo é proporcionar mais oportunidades para aqueles que vivem da arte de forma digna”, afirmou a ministra.
Luísa Cela também enfatizou a colaboração entre governo e estado na realização do MICBR em Fortaleza, destacando ainda o potencial do evento para a cultura local. “Este é um farol que ilumina a força da nossa cultura, revelando nossa capacidade de gerar alegria, riqueza e negócios. Através da parceria entre o Governo do Estado, a Prefeitura e o Ministério da Cultura, conseguimos realizar o Mercado das Indústrias Criativas aqui”, concluiu.
Os shows de encerramento, que prometem emoções até domingo (7), trazem ao palco Elos artistas como Gabi Nunes, Pantico Rocha, Otto, Vanessa da Mata e Gaby Amarantos. Enquanto isso, o palco Aparelhagem promete exaltar a cultura das aparelhagens e o vibrante ritmo da região Norte, com apresentações de DJ Bugzinha, O Cheiro do Queijo, Montage e JSOM – A Fênix do Marajó.
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Palhaçaria e Música no Último Dia de Atividades Formativas
O último dia de atividades formativas do MICBR + Ibero-América também trouxe um circuito de showcases de circo e música. Treze artistas e coletivos apresentaram curtas pensados especialmente para curadores, compradores e agentes culturais no Teatro Dragão do Mar e no Centro Cultural Belchior.
Entre os destaques, a dupla de palhaços Cup e Cake gerou risos com uma montagem que recria a atmosfera competitiva dos programas de confeitaria, onde dois confeiteiros rivais disputam o título de Melhor Confeiteiro do Ano. Utilizando teatro físico e comicidade, a peça traz uma crítica bem-humorada às convenções do gênero televisivo.
Os palhaços Alice Campelo e Aldrey Rocha, do grupo K’Os Coletivo, têm uma trajetória de 20 anos. Alice ressaltou que, apesar do humor, o trabalho é sério. “O palhaço existe porque o público existe. Nestes 20 anos, aprendemos que, por trás de cada careta, há um olhar que brilha, e é nesse encontro que a verdadeira mágica acontece”, afirmou.
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Aldrey Rocha adicionou que a peça vai além da comédia. “Parece uma disputa por ego, mas o que queremos mostrar é que as melhores invenções, como o cupcake, nascem do encontro. Cup e Cake descobrem que, sozinhos, são apenas ingredientes; juntos, tornam-se uma celebração”, explicou, destacando a importância da colaboração.
O K’Os Coletivo, que atua nas áreas de circo, teatro, literatura e música, já apresentou mais de 15 espetáculos ao longo de sua carreira, que inclui turnês nacionais e internacionais.
O bloco de apresentações que tomou conta do evento contou com uma maratona de oito shows consecutivos, começando com o grupo cearense às 16 horas e passando por coletivos como Lamira Artes Cênicas, Instrumento de Ver, Circo Zanni, entre outros.
Música Independente em Foco
Os showcases musicais também marcaram o sábado (6), onde a cantora e compositora Maria Beraldo destacou a relevância do evento na promoção da música independente. “Participar do MICBR é um marco. Este encontro vai além de um festival; é um ponto de convergência essencial onde a música brasileira se conecta”, disse.
Rômulo Ângelo, da banda Alaídenegão, enfatizou a importância do evento para a inclusão cultural. “Este espaço é vital, especialmente porque viemos de um cenário de isolamento cultural. É uma oportunidade de mostrar nossa cultura e as histórias que construímos aqui”, afirmou.
A programação também trouxe um mix de projetos autorais da nova cena musical brasileira, incluindo a artista Di Ferreira, que combina MPB com eletrônica, e o projeto Ilessi, que busca uma sonoridade atmosférica. O encerramento coube ao grupo Lambada de Serpente, que apresenta uma releitura contemporânea de gêneros regionais.
