justiça Impõe Penalidade Rigorosa
Após um trágico desfecho marcado por violência, Leandro da Silva Rodrigues, de 37 anos, foi condenado a 46 anos e 8 meses de prisão pela morte de Geovanna Souza da Silva, uma adolescente de apenas 16 anos. O veredicto foi proferido pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) e divulgado na tarde desta segunda-feira (20). O crime, classificado como feminicídio, ocorreu em Rio Branco, no dia 7 de dezembro de 2024, e o réu possui o direito de recorrer da decisão.
Conforme informações do MP-AC, os jurados consideraram que as provas apresentadas foram suficientes para incriminar Leandro, ressaltando o uso de um recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O processo, que tramita em segredo de justiça, limitou o contato do portal g1 com a defesa do acusado, dificultando uma posição oficial sobre o caso.
A condenação de Rodrigues implica que ele deverá cumprir a pena em regime inicialmente fechado, como destacou a procuradora Patrícia Rêgo, que falou sobre a grave situação dos feminicídios no estado do Acre. A declaração da procuradora ressalta a urgência de medidas para combater a violência de gênero.
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Motivação do Crime e Detalhes da Ocorrência
Segundo a acusação, o crime aconteceu em um momento de desespero do acusado, que não aceitou o término do relacionamento com Geovanna, que já havia acabado há pouco tempo. No dia do incidente, a adolescente estava conversando com um conhecido, quando Leandro se aproximou e iniciou uma discussão que rapidamente escalou para a violência.
Relatos de testemunhas confirmam que, durante a discussão, Leandro tomou uma faca que estava nas mãos de Geovanna e a quebrou. Em um ato brutal, ele a segurou e desferiu dois golpes, atingindo os locais fatais: o peito e a clavícula. Apesar das tentativas de fuga da vítima, que caiu na rua, a adolescente não sobreviveu aos ferimentos. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas ao chegar, apenas confirmou a morte de Geovanna.
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Prisões e Revelações Chocantes
Após o crime, Leandro fugiu, mas foi localizado e preso no dia seguinte, 8 de dezembro, graças a uma denúncia anônima que indicou seu paradeiro. Ele foi encontrado em uma residência no bairro Triângulo e, ao ser interrogado, confessou o ato criminoso, justificando seu comportamento com alegações de ciúmes. Essa confissão adiciona uma camada de complexidade ao caso, revelando a natureza tóxica do relacionamento.
Familiares de Geovanna relataram à polícia que a adolescente era vítima de abuso sexual por parte de Leandro desde os 11 anos. Além disso, havia ordens de medidas protetivas contra ele, que não foram suficientes para garantir a segurança da jovem. Informações indicam que Geovanna, que enfrentava problemas com drogas, vivia em situação de rua junto ao agressor há cerca de cinco meses, o que torna a situação ainda mais trágica.
A Necessidade de Ação Contra a Violência de Gênero
A repercussão deste caso trágico no Acre é um lembrete sombrio da luta contínua contra a violência de gênero. O feminicídio, que é o assassinato de mulheres motivado por discriminação de gênero, continua a ser um problema alarmante e crescente no Brasil. A sociedade e o sistema judiciário enfrentam o desafio urgente de implementar políticas eficazes que visem prevenir esses crimes e proteger as vítimas de relacionamentos abusivos.