**Famílias Buscam Justiça Após Tragédia em Obra de Caixa D’Água**
A busca por justiça se intensifica entre as famílias de Ruan Roger, de 32 anos, e Diony Magalhães, de 22, que perderam suas vidas em um trágico acidente ocorrido há oito dias. Os trabalhadores faleceram em 12 de outubro enquanto realizavam a pintura interna de uma caixa d’água no condomínio Via Parque, localizado no bairro Floresta Sul, em rio branco. A dor e a indignação são palpáveis, refletindo a profunda angústia dos familiares que clamam por respostas e responsabilização.
De acordo com os relatos, Ruan e Diony foram expostos a vapores tóxicos provenientes da tinta utilizada na obra. Essa inalação excessiva resultou em uma condição crítica conhecida como hipóxia, onde o cérebro é privado de oxigênio, levando a consequências fatais. Este trágico episódio levanta sérias questões sobre as condições de segurança no local de trabalho e a responsabilidade da empresa contratada para o serviço. Os familiares afirmam que até o momento, a empresa não ofereceu nenhum tipo de assistência ou esclarecimento sobre o ocorrido, o que agrava ainda mais a sensação de desamparo.
Dionelio de Freitas, pai de Diony, expressou sua frustração e dor diante da perda de seu filho, que havia recém-iniciado sua carreira profissional. “Estamos buscando respostas do Poder Judiciário sobre o que realmente aconteceu e como será o futuro de nossa família sem ele. É inaceitável que, após mais de uma semana, ainda não tenhamos informações concretas. Para nós, parece que a vida deles se apagou sem deixar rastros, e queremos justiça por suas vidas,” desabafou em uma entrevista à TV Ecoacre.
A data de 19 de outubro, que seria o aniversário de Diony, agora se aproxima com tristeza e desolação para os familiares. Sua irmã, Denise de Freitas, relembra com pesar os planos que haviam para a celebração. “Ele estava tão empolgado com o novo emprego e com a expectativa de comemorar seu aniversário. Estava tudo programado para uma pequena festa, mas esse sonho foi tragicamente interrompido,” lamentou a irmã.
A mãe de Diony, dona Irla Marcela, também compartilha a dor da perda e a frustração com os projetos não realizados de seu filho. “Ele sempre dizia que queria trabalhar duro para construir uma vida digna e, mais tarde, formar uma família. Este era o maior sonho dele. Agora, tudo isso foi abruptamente arruinado,” disse emocionada, refletindo sobre a vida cheia de esperanças que Diony tinha pela frente.
As famílias de Ruan e Diony continuam à espera de esclarecimentos oficiais sobre os eventos que levaram a essa tragédia. Eles questionam se estavam presentes os equipamentos de segurança adequados e se as normas de proteção no trabalho foram devidamente seguidas durante a realização do serviço. Enquanto aguardam por respostas e justiça, os entes queridos lutam para encontrar força em meio à dor da ausência de seus familiares, que saíram para trabalhar e nunca retornaram.
É fundamental que casos como este sejam investigados com rigor, para que se evitem novas tragédias e se garantam condições de trabalho seguras para todos. As famílias de Ruan e Diony merecem não apenas respostas, mas também que suas vozes sejam ouvidas e que a justiça prevaleça. O clamor por segurança no trabalho deve ser uma prioridade para todas as empresas, e é essencial que a sociedade se una para exigir mudanças que possam proteger vidas e evitar que histórias como estas se repitam.
A luta dessas famílias por justiça é um lembrete poderoso da importância de condições de trabalho seguras e do respeito à vida humana. O legado de Ruan e Diony deve ser um catalisador para a transformação das práticas de segurança no setor e um apelo à consciência coletiva sobre a proteção dos trabalhadores.