Medida visa fortalecer a proteção de crianças e adolescentes
O projeto de lei, de autoria do senador Carlos Viana (Podemos-MG), que propõe a eliminação da fiança para crimes relacionados à pedofilia (PL 5.490/2023), teve sua aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira, dia 27. A proposta recebeu um parecer positivo do senador Marcio Bittar (PL-AC) e agora segue para análise na Câmara dos Deputados.
Com a nova legislação, crimes como a corrupção de menores, a exploração sexual infantil e a divulgação de imagens de atos de abuso contra vulneráveis se tornarão inafiançáveis. Além disso, o texto propõe a inclusão de crimes de pornografia infantil no rol de infrações que não admitem fiança, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A proposta também destaca a urgência em coibir a exploração sexual e as ações de lascívia envolvendo crianças e adolescentes, especialmente em ambientes virtuais. O avanço da tecnologia tem proporcionado aos criminosos um campo fértil em que o anonimato e o alcance das redes sociais são utilizados para aliciar e abusar de jovens em situação de vulnerabilidade.
Crimes de trânsito e corrupção também estão na mira
Além dos crimes relacionados à pedofilia, o projeto inclui emendas que ampliam as restrições a delitos graves de trânsito, como homicídios resultantes de “rachas” e outros acidentes causados por motoristas embriagados. O relatório também propõe que crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro sejam considerados hediondos, reforçando a ideia de que a impunidade deve ser combatida com seriedade.
O senador Bittar comentou sobre a importância da aprovação do projeto, afirmando que “aquele que comete crimes cruéis contra crianças ou contra o patrimônio público não deve ter o privilégio da liberdade até que seu julgamento ocorra”. Essa declaração reflete um sentimento crescente na sociedade em relação à necessidade de endurecer as penas para os que cometem delitos graves.
À medida que o projeto avança, a expectativa é que ele gere um debate intenso na Câmara dos Deputados, onde a discussão sobre a proteção de crianças e a responsabilidade social se tornará ainda mais relevante. A pressão da sociedade para que medidas eficazes sejam implementadas nesse sentido é nítida e, segundo especialistas, essa é uma oportunidade para que os legisladores mostrem comprometimento com a segurança de crianças e adolescentes no Brasil.