Campanha Nacional Promove Coleta de DNA no Acre
O Acre dá um passo significativo na luta contra o desaparecimento de pessoas ao se juntar à Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares, que teve início na terça-feira, 5, e se estenderá até 15 de agosto. Esta iniciativa é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com o intuito de fortalecer tanto os bancos de dados genéticos estaduais quanto o nacional. O foco é facilitar a identificação de pessoas que estão desaparecidas em todo o Brasil.
No estado, o Instituto de Análises Forense do Departamento de Polícia Técnico-Científica, localizado em Rio Branco, é o ponto de coleta designado. Os familiares que desejam participar devem apresentar o boletim de ocorrência relacionado ao desaparecimento e fornecer material genético, como amostras de saliva. Esses perfis genéticos serão cruzados com os registros já disponíveis no Banco Nacional de Perfis Genéticos, além dos bancos estaduais.
Além das coletas, a campanha também organiza uma força-tarefa nacional dedicada a acelerar a análise de perfis genéticos que estão pendentes nos laboratórios forenses. A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) coordena a iniciativa, contando com o suporte de delegacias especializadas, laboratórios e autoridades estaduais para garantir a eficácia da ação.
Mário Sandro Martins, diretor do Departamento de Polícia Técnico-Científica do Acre, ressaltou a importância da participação da população: “Cada coleta pode representar uma nova esperança, um novo caminho para localizar alguém que desapareceu. Nosso trabalho é dar suporte técnico e humano para que essas respostas cheguem o quanto antes às famílias”, afirmou.
A segunda fase da campanha se concentrará na coleta de material genético e impressões digitais de pessoas vivas cuja identidade é desconhecida, muitas das quais estão em unidades de saúde e assistência social. Posteriormente, a análise das impressões digitais de corpos não identificados será realizada, com os dados sendo confrontados com os cadastros nacionais.
Todos os dados coletados serão integrados à Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), que é gerida pela Senasp. O delegado-geral da Polícia Civil do Acre, Henrique Maciel, enfatizou o compromisso da polícia em resolver esses casos: “A coleta de material biológico é um passo essencial para aumentar as chances de encontrar essas pessoas e pôr fim ao sofrimento de tantas famílias”, declarou.
O Instituto de Análises Forense está situado na Avenida Antônio da Rocha Viana, nº 1.294, no bairro Bosque, em Rio Branco. O atendimento durante o período da campanha está disponível, e os interessados podem obter mais informações através do telefone (68) 3223-8553.