Estado Reforça Vigilância Sanitária e vacinação
O estado do Acre está sob investigação de cinco casos suspeitos de sarampo, conforme aponta o novo boletim publicado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Desde o começo do monitoramento, foram registradas 20 notificações da doença, das quais 15 já foram descartadas após exames laboratoriais. Há 25 anos, o Acre não registra casos confirmados da doença, no entanto, a proximidade com a Bolívia, que enfrenta um surto, gerou preocupação entre as autoridades sanitárias.
As investigações estão concentradas em Cruzeiro do Sul (2 casos), Brasiléia (2 casos) e Rio Branco (1 caso). O número de casos descartados inclui também as cidades de Porto Acre, Feijó, Sena Madureira, Assis Brasil, Epitaciolândia e Rio Branco. Recentemente, um caso notificado em Rio Branco, que tinha origem em Cobija (Bolívia), foi descartado.
Na Bolívia, de acordo com dados mais recentes do governo local, já são 148 casos confirmados de sarampo, com 1.302 ainda sob investigação e 1.154 descartados. A maioria das ocorrências se concentra no Departamento de Santa Cruz de La Sierra, que faz fronteira direta com o Acre.
Medidas de Prevenção e vacinação em Massa
Para mitigar o risco de reintrodução do vírus, o governo do Acre decretou situação de emergência sanitária no dia 17 de julho. Essa medida visa intensificar as ações de prevenção, como a vacinação em massa e a vigilância epidemiológica, especialmente nas cidades que fazem parte da faixa de fronteira.
A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, está disponível gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde do estado. O calendário vacinal recomenda uma dose aos 12 meses de idade e um reforço aos 15 meses. Adultos de até 59 anos também são aconselhados a se vacinar conforme seu histórico vacinal.
A Sesacre destaca a importância de que pessoas que apresentem sintomas como febre alta, manchas vermelhas na pele, tosse ou conjuntivite busquem imediatamente uma unidade de saúde. A notificação rápida de casos suspeitos, assim como o isolamento dos pacientes, continua sendo fundamental para evitar a reintrodução do sarampo no estado.