A Defensoria Pública da União (DPU) está alertando a população sobre o aumento de tentativas de fraudes que utilizam seu nome para enganar cidadãos. A instituição recomenda que todos fiquem atentos a contatos telefônicos ou mensagens que solicitem informações bancárias e pagamentos relacionados a processos judiciais. Esse alerta é essencial, pois a DPU registrou 24 casos de fraudes, onde indivíduos mal-intencionados se passaram por defensores públicos federais. Os episódios começaram a ser relatados em 2023, com dois casos no primeiro ano, três em 2024 e, até maio de 2025, já são 19 ocorrências. A maioria desses casos está concentrada nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, sendo o Rio Grande do Sul o estado mais afetado, com um total de oito relatos de tentativas de golpe.
Os golpistas utilizam o aplicativo WhatsApp para entrar em contato com assistidos da DPU que têm processos judiciais em andamento. Em suas abordagens, os criminosos alegam que os assistidos devem resolver pendências financeiras antes de receber valores devidos pela justiça. Além disso, eles frequentemente mencionam a necessidade de pagamento de tributos, dívidas ou até mesmo custos de cartório e honorários para que a liberação das quantias seja efetivada.
Embora a DPU não consiga determinar exatamente quantas pessoas foram contatadas pelos estelionatários, todos os casos registrados foram documentados com provas materiais, como capturas de tela de conversas e registros de chamadas, que foram encaminhados às autoridades competentes. Um caso notável envolve um assistido do Rio Grande do Sul que teve um prejuízo financeiro significativo devido a uma dessas fraudes. Felizmente, outros assistidos conseguiram identificar as tentativas de golpe e buscaram esclarecimentos junto à DPU, evitando assim perdas financeiras.
Recentemente, em junho, novos casos de fraudes foram relatados no Espírito Santo. Nessas ocasiões, os criminosos utilizaram o nome e a imagem do defensor público federal Ricardo Figueiredo Giori, extraindo sua imagem de um vídeo institucional da Escola Nacional da DPU. As mensagens falsas enviadas aos assistidos indicavam que a liberação de valores judiciais estava condicionada ao pagamento de quantias antecipadas.
Outro episódio importante ocorreu em maio, na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, onde pelo menos seis assistidos foram abordados pelos golpistas que se apresentaram como defensores públicos Alexandro Melo Corrêa e Junior Leite Amaral. Os estelionatários enviaram mensagens com informações fraudulentas sobre processos judiciais da DPU, utilizando, inclusive, fotos reais de um dos defensores para parecer mais confiáveis.
Além disso, em Londrina, Paraná, três pessoas foram contatadas por falsários que se apresentaram como o defensor público federal Marcelo Bianchini. Esses criminosos criaram uma conta falsa no WhatsApp, tentando extorquir valores para liberar um ganho processual. Na Baixada Fluminense, um caso semelhante envolveu o nome do defensor público federal Eduardo Erthal Kassuga, onde pelo menos dois assistidos foram contatados em fevereiro de 2025. Nesses casos, os golpistas enviaram documentos falsos com a logomarca do Tribunal de justiça, pressionando as vítimas a pagarem “custos cartorários”. Graças à orientação da DPU, as assistidas conseguiram evitar o golpe ao entrar em contato com a instituição.
A DPU reitera que todos os seus serviços são gratuitos, isentando as pessoas assistidas de qualquer pagamento em todas as fases do processo judicial. Além disso, a Defensoria Pública aconselha que todos os cidadãos, mesmo aqueles que não são assistidos pela instituição, devem desconfiar de mensagens ou ligações que solicitem dados bancários, transferências ou qualquer pagamento relacionado ao recebimento de valores judiciais.
Para garantir a segurança financeira e evitar fraudes, a DPU orienta que nunca se deve realizar pagamentos por boleto, PIX, depósitos ou cartões de crédito sob a alegação de que esses pagamentos são necessários para a liberação de precatórios. Os valores judiciais são sempre liberados em bancos autorizados, mediante alvará judicial, e devem ser retirados presencialmente pelo beneficiário ou por um advogado com procuração.
Fique atento e compartilhe essa informação com amigos e familiares para ajudar a proteger todos contra fraudes.