A Última Despedida de Ozzy Osbourne
Ozzy Osbourne, um dos ícones mais reconhecidos do heavy metal e conhecido como o ‘Príncipe das Trevas’, faleceu nesta terça-feira (22), aos 76 anos. A notícia da morte do cantor foi recebida com tristeza por fãs ao redor do mundo, que não conseguiram conter a comoção após anos de admiração por sua música e trajetória.
A causa do falecimento ainda não foi revelada. Em um comunicado oficial, a família de Osbourne solicitou respeito pela privacidade neste momento difícil e expressou seu amor pelo artista. “É com mais tristeza do que meras palavras podem expressar que temos que informar que nosso amado Ozzy Osbourne faleceu esta manhã. Ele estava com sua família e cercado de amor. Pedimos a todos que respeitem a privacidade da nossa família neste momento. Sharon, Jack, Kelly, Aimee e Louis,” diz a nota.
Nos últimos anos, Ozzy vinha enfrentando desafios de saúde, incluindo um diagnóstico de doença de Parkinson em janeiro de 2020. A luta contra essa enfermidade foi difícil, mas ele sempre manteve uma conexão especial com seus fãs, que o apoiaram incondicionalmente.
Um Legado Musical Inesquecível
O cantor deixa uma rica herança musical, incluindo sua esposa, a empresária Sharon Osbourne, e seus seis filhos: Aimee, Kelly, Jack, Jessica, Louis e Elliot. Com mais de 100 milhões de álbuns vendidos, sua carreira começou em 1969, quando se tornou o vocalista do Black Sabbath, banda que se destacou por suas letras ousadas e som pesado. Osbourne ficou conhecido por eternizar clássicos como ‘Iron Man’, ‘War Pigs’ e ‘Paranoid’, que solidificaram sua reputação como frontman de uma das bandas mais controversas da história do rock.
Osbourne e o Black Sabbath não eram apenas músicos; eles eram uma força cultural, muitas vezes desafiando normas e abordando temas sombrios que geravam debates. Em uma entrevista ao site NME em 2016, Ozzy recordou como a audiência reagia fervorosamente às suas performances. “Quando começamos a fazer shows, lá atrás, assim que tocávamos os acordes iniciais dessa música, as garotas na plateia surtavam. Elas achavam que éramos amigas do Satanás ou algo assim,” contou ele, refletindo sobre a origem de seu apelido.
Após ser demitido da banda em 1979, devido a problemas com álcool e drogas, Ozzy decidiu seguir carreira solo, sob a gestão de sua então namorada Sharon Arden. Juntos, eles moldaram uma nova era na carreira do cantor, que resultou em 12 álbuns solo de grande sucesso, incluindo ‘Crazy Train’, ‘Mama, I’m Coming Home’ e ‘No More Tears’. Sua trajetória solo também foi marcada por vendas impressionantes, totalizando mais de 100 milhões de álbuns vendidos.
Reconhecimentos e Conquistas
Em 2005, tanto Ozzy quanto o Black Sabbath foram induzidos ao Hall da Fama da Música do Reino Unido, um reconhecimento tardio, mas merecido, por suas contribuições à música. No ano seguinte, Osbourne entrou para o Hall da Fama do Rock & Roll como parte do Black Sabbath, solidificando seu legado na história do rock.
Nascido John Michael Osbourne em 3 de dezembro de 1948, na cidade de Birmingham, Inglaterra, Ozzy enfrentou uma infância repleta de desafios. Com dificuldades de aprendizado devido à dislexia e traumas pessoais, incluindo alegações de abuso na infância, sua trajetória de vida e musical é marcada por lutas e superações. Em sua autobiografia, o cantor chegou a relatar uma tentativa de suicídio na adolescência, o que destaca a complexidade de sua vida fora dos holofotes.
A morte de Ozzy Osbourne não é apenas a perda de um artista; é o fim de uma era que impactou gerações. Seu espírito indomável e sua música continuarão a inspirar e ressoar com fãs por muitos anos.