Um apelo por justiça em meio à dor
“Estamos aflitos. A dor é constante desde o primeiro momento. Espero que no julgamento haja justiça. Este foi um crime hediondo, e que o réu receba a pena máxima”. Com essas palavras, Rosicléia Magalhães, mãe de Juliana Valdivino da Silva, uma jovem acreana de apenas 18 anos, expressou sua angústia em relação ao julgamento de Djavanderson de Oliveira de Araújo, o principal suspeito do assassinato da filha. O caso, que comoveu não só a família, mas toda a sociedade, ocorrerá nesta sexta-feira, 11, no município de Paranatinga, no interior do Mato Grosso.
O crime aconteceu em setembro de 2024, quando Juliana foi atraída até a residência do ex-namorado. De acordo com as investigações, ele teria adquirido álcool em um posto de combustível e, em um ato brutal, ateado fogo nela. A jovem ficou internada em Cuiabá por 15 dias, lutando pela vida, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos.
Djavanderson foi detido uma semana após o ataque e, segundo ele, também precisou de atendimento médico. O réu alega que tentou cometer suicídio e que o incêndio foi acidental, uma versão que será cuidadosamente analisada durante o júri popular que acontecerá na 1ª Vara da Comarca de Paranatinga, às 8 horas, no horário de Brasília.
A luta de uma mãe por verdade e justiça
Devido à proximidade da família do acusado com o local do julgamento, Rosicléia recebeu orientação do Tribunal de Justiça do Mato Grosso para acompanhar o processo por videoconferência, em sua residência em Rio Branco. Ela não esconde sua esperança de que a justiça prevaleça. “Acredito que a comarca de Paranatinga será justa e que a lei ainda é respeitada por lá”, afirmou, destacando a força e determinação da filha. “Juliana era uma jovem cheia de vida, com um emprego fixo, estudando e que mal tinha completado 18 anos. Ela merecia ser feliz”.
Rosicléia conclui com um apelo carregado de emoção: “Ele tirou o direito da minha filha de conquistar sua vida, e não merece ter o dele. Contudo, sua condenação já será um passo importante na minha luta. Até aqui, o Senhor tem me ajudado e sinto que Ele está comigo”, finalizou.