Simulação do Sistema de Alertas no Acre
No próximo sábado, dia 20, a Defesa Civil do Acre promoverá uma simulação do sistema Defesa Civil Alerta em quatro municípios: Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Brasileia e Jordão. A ação é parte de uma estratégia de preparação da população para possíveis eventos climáticos extremos.
Durante a simulação, os moradores receberão mensagens em seus celulares, que aparecerão sobre as telas dos dispositivos. Dependendo da gravidade da situação, essas notificações poderão incluir um sinal sonoro, assemelhando-se a uma sirene.
O coronel Carlos Batista, coordenador estadual da Defesa Civil, explica que “esse sistema é acionado pela Defesa Civil do estado. Quando monitoramos a possibilidade de um evento extremo, emitimos os avisos para que a população esteja ciente dos riscos em sua área”.
Importante notar que não será necessário fazer um cadastro prévio para receber as mensagens. Diferente dos alertas por SMS, o Defesa Civil Alerta exibe a notificação de forma sobreposta na tela do celular, exigindo que o usuário a reconheça para encerrá-la. Em situações de alta periculosidade, o sinal sonoro será emitido mesmo que o aparelho esteja configurado em modo silencioso.
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A iniciativa tem como objetivo principal familiarizar os cidadãos com o formato dos avisos e os procedimentos necessários em casos de eventos extremos, reforçando assim a segurança da população.
Inovação no Monitoramento Climático no Acre
Além da simulação do sistema de alertas, uma inovação no monitoramento de desastres climáticos será lançada na próxima segunda-feira, dia 22, durante a Semana do Clima em Nova York. Trata-se do Acre Climate, uma plataforma digital que visa mapear os impactos das inundações sobre populações vulneráveis no estado.
Fruto de uma parceria entre o governo do Acre, via Secretaria do Meio Ambiente (Sema), e a Codex, empresa brasileira especializada em inteligência de dados e mudanças climáticas, o Acre Climate será apresentado no icônico The Hub Live, localizado no The Glasshouse, em Manhattan.
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A plataforma foi um dos três projetos globalmente selecionados em 2024 pelo Future Fund, um mecanismo de financiamento climático da Coalizão Under2, que reúne mais de 270 governos subnacionais no mundo. Junto com o Acre, propostas do México e da Indonésia também foram contempladas.
A vice-governadora do Acre, Mailza Assis, ressaltou a relevância do Acre Climate, afirmando que a plataforma permitirá ao governo atuar com mais eficiência na mitigação das mudanças climáticas e na proteção das populações mais vulneráveis. “Fomos o único estado do Brasil escolhido pela Coalizão internacional para desenvolver esta iniciativa, o que evidencia que o Acre é um exemplo global em resiliência climática”, destacou.
Funcionalidades da Plataforma Acre Climate
A ferramenta Acre Climate incorpora tecnologias avançadas de geoprocessamento para monitorar e simular os efeitos das inundações em comunidades ribeirinhas, indígenas e em situação de vulnerabilidade. O acesso à plataforma será tanto público quanto destinado a gestores públicos, aprimorando a capacidade de respostas rápidas a eventos extremos.
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“O Acre tem enfrentado situações críticas, como secas severas e cheias históricas. A plataforma foi idealizada para fortalecer a compreensão dos impactos sociais e ambientais causados pelas mudanças climáticas, buscando integrar políticas públicas de maneira mais eficaz,” explicou o secretário de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho.
No início do projeto, sete municípios acreanos estão sendo mapeados: Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Rio Branco, Xapuri, Porto Walter e Jordão. A plataforma oferecerá informações detalhadas sobre áreas em risco de inundação e os impactos potenciais sobre a sociedade.
No evento de lançamento em Nova York, estarão presentes a vice-governadora Mailza Assis, o secretário de Meio Ambiente e o diretor de Negócios da Codex, Venicios Santos. Ele chamou atenção para a rapidez do desenvolvimento da plataforma, que levou menos de doze meses para ser estruturada. “Em um cenário de emergência climática, o tempo é um recurso crítico, e ter uma plataforma pronta para uso em menos de um ano é crucial para a proteção de vidas e o fortalecimento da resiliência climática”, finalizou Santos.