Rio Branco Pode Enfrentar a Sexta Cheia do Rio Acre em 2025: Alerta do La Niña

Fenômeno Climático Pode Impactar a Região

O município de Rio Branco, capital do Acre, pode se preparar para enfrentar, em 2025, a sexta cheia consecutiva do Rio Acre. A previsão foi emitida pelo tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil Municipal, durante uma entrevista ao ac24horas na noite de quarta-feira (15). A confirmação do retorno do fenômeno La Niña, que impacta diretamente o regime de chuvas na região amazônica, levanta essa preocupação.

De acordo com Falcão, o clima no Acre estava em uma fase de neutralidade, sem a intervenção de fenômenos climáticos significativos, como El Niño ou La Niña. Contudo, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) anunciou recentemente a volta da La Niña, que, por ora, se encontra em sua fase inicial.

“Desde abril estamos em neutralidade meteorológica. Contudo, na segunda quinzena de outubro, já notamos a influência do La Niña novamente”, ressaltou Falcão. “Esse fenômeno implica o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, o que tende a resultar em um aumento das chuvas em nossa região.”

Embora a situação seja preocupante, Falcão enfatizou que a atual atuação do fenômeno é considerada fraca. Segundo ele, qualquer previsão mais precisa sobre o volume de chuvas e o risco real de cheias será possível apenas com a coleta de mais dados nos próximos meses.

“Todo mês de novembro, realizamos reuniões com órgãos competentes, incluindo meteorologistas, para discutir a chamada reunião pré-cheia. Até o momento, posso afirmar que, dependendo da intensificação do fenômeno, existe a possibilidade de termos um volume considerável de chuvas e, consequentemente, uma nova enchente”, explicou o coordenador.

Ele ainda reforçou a importância da cautela diante das previsões climáticas. O monitoramento das condições meteorológicas está em andamento e, segundo Falcão, é prematuro fazer qualquer afirmação definitiva sobre a possibilidade de uma cheia em 2025. “Não podemos descartar a chance de enfrentarmos mais uma enchente pela sexta vez consecutiva. No entanto, ainda não é o momento para declarações definitivas. É necessário acompanhar o comportamento do clima nos próximos meses”, concluiu.

A próxima reunião técnica da Defesa Civil, em colaboração com meteorologistas e órgãos parceiros, está marcada para novembro. Durante esse encontro, as análises atualizadas dos modelos climáticos devem fornecer um panorama mais claro sobre o período chuvoso e a elevação do nível do Rio Acre.