A Queda nos Roubos de celulares no Acre
Em 2024, o Acre observou uma diminuição expressiva nos casos de roubo e furto de celulares, de acordo com o Anuário Brasileiro de segurança Pública, divulgado em 24 de outubro. No total, foram registrados 1.703 roubos e 1.586 furtos de celulares no estado ao longo do ano. A redução nos roubos é notável, com uma queda de 29,1% em comparação a 2023, que contabilizou 2.390 ocorrências. Já os furtos, que não envolvem violência, mantiveram-se estáveis, apresentando uma leve diminuição percentual.
A diferença entre roubo e furto é crucial para compreender os impactos sociais desses crimes. O furto normalmente ocorre de forma discreta, sem que a vítima perceba, enquanto o roubo envolve ameaça ou violência, podendo deixar consequências físicas e emocionais duradouras.
Queda Acompanha Tendência Nacional
Essa tendência de queda em relação aos roubos de celulares no Acre reflete um padrão observado em nível nacional. No Brasil, a redução foi de 12,6% em 2024, representando o menor índice desde 2018, ano em que teve início a análise dessa série histórica. Fatores como o avanço nas políticas de rastreamento e bloqueio de celulares roubados, como o modelo vigente no Piauí, que possui a maior redução, com 29,7% de queda nas ocorrências, têm contribuído para essa diminuição.
Os especialistas do Anuário Brasileiro de segurança Pública enfatizam que a subtração de celulares é sensível a políticas públicas focadas e também está sujeita a influências de dinâmicas sociais e urbanas. Um exemplo marcante disso foi a queda significativa observada durante os anos da pandemia de Covid-19 (2020-2021), resultado das restrições de mobilidade. Em 2022, com a volta das atividades normais, houve um aumento de 15,3% nas ocorrências.
Furtos Superam Roubos pela Primeira Vez
Outro dado interessante que emerge do Anuário é a mudança na relação entre roubo e furto nos celulares. Desde 2023, os furtos passaram a representar mais da metade das ocorrências de subtração de celulares. Em 2018, os furtos constituíam 43,7% do total, enquanto em 2024 esse número saltou para 56%. Isso pode indicar uma possível diminuição da violência associada a essas subtrações, embora casos mais sérios, como latrocínios, sejam agora registrados separadamente, o que requer uma análise cuidadosa.
Essas estatísticas revelam não apenas a eficácia de intervenções em políticas de segurança, mas também refletem transformações sociais que precisam ser monitoradas de perto para garantir a segurança da população e a eficácia das estratégias em vigor. O futuro da segurança pública no Acre, assim como em outras partes do Brasil, depende da continuidade dessas iniciativas e da adaptação às mudanças nas dinâmicas sociais.