Medidas de Emergência em Saúde
A Prefeitura de Rio Branco, capital do Acre, emitiu um decreto de situação de emergência nesta sexta-feira (11) devido ao alarmante crescimento de casos de doenças respiratórias. O documento, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), estipula um período de 180 dias para a vigência das medidas. Até o final de maio, a cidade já havia registrado 29 mortes atribuídas à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e mais de 18 mil atendimentos relacionados a doenças respiratórias.
De acordo com os últimos dados divulgados, a cidade enfrenta a circulação simultânea de vários vírus respiratórios, incluindo Rinovírus, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza A e B, Adenovírus e SARS-CoV-2, com uma taxa de positividade de 51,3% nas amostras analisadas. Dentre os 29 óbitos por SRAG, seis foram ocasionados por Covid-19, enquanto os demais foram causados por vírus respiratórios variados ou sem causas específicas, afetando predominantemente pessoas com doenças preexistentes.
Internações em Aumento
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O cenário é preocupante: quase 500 internações foram necessárias devido às síndromes respiratórias, sendo 42,1% das internações referentes a crianças com menos de dois anos e 18% a idosos acima de 60 anos. “As ações e os serviços públicos de saúde voltados à contenção da emergência serão articulados pela Secretaria Municipal de Saúde e poderão contar com o apoio administrativo e auxílio financeiro dos demais órgãos e entidades da administração pública municipal”, afirmou a gestão na publicação oficial.
Além da emergência, o decreto autoriza várias medidas para enfrentar a crise, incluindo:
- Aumento do horário de funcionamento das unidades de saúde;
- Recrutamento emergencial de profissionais;
- Aquisição de insumos e equipamentos essenciais;
- Estabelecimento de parcerias com organizações estaduais e federais;
- Adoção de ações de prevenção e mitigação de desastres ambientais relacionados à saúde pública.
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Ampliação de Leitos e Atendimento
Recentemente, em decorrência do aumento dos casos de SRAG, o governo do estado também havia declarado situação de emergência em saúde em todo o Acre. O decreto, assinado pelo governador Gladson Camelí, destacou a “procura crescente por atendimento nas unidades estaduais de saúde”, especialmente em relação aos sintomas gripais, além da ocupação elevada dos leitos pediátricos.
O Acre, conforme levantamentos, se encontra em alerta com os altos índices de Síndrome Respiratória Aguda Grave. No dia 27 do mesmo mês, o governo anunciou a ampliação dos leitos de enfermaria do Hospital da Criança em Rio Branco, com a adição de 10 leitos, totalizando 70. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) informou que, tradicionalmente, entre abril e julho, ocorrem picos de doenças respiratórias, com um aumento considerável de casos devido à circulação de vírus como Rinovírus, Influenza e VSR.
Atendimentos em Alta nas Unidades de Saúde
Somente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito de Rio Branco, foram registrados mais de 8,8 mil atendimentos de síndromes respiratórias em maio. Em comparação, a unidade registrou cerca de 7,5 mil atendimentos em março e 8,2 mil em abril. O médico Moisés Menezes destaca a alta demanda e enfatiza a necessidade de ações eficazes para mitigar a situação.
As autoridades locais estão monitorando de perto o desenvolvimento da situação e mantendo a população informada sobre as medidas em andamento. A importância da prevenção e do cuidado com a saúde, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, é uma prioridade nesse momento crítico.