Recuperação de Ramais e Acessibilidade
O governador do Acre, Gladson Camelí, reafirma sua determinação em priorizar o direito de ir e vir dos cidadãos durante suas visitas aos municípios do interior. A iniciativa está sendo liderada pelo Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), que intensificou o cronograma de recuperação em várias regiões. O objetivo é garantir a trafegabilidade nos ramais, essenciais para o escoamento da produção agrícola e o fortalecimento da economia local. No Vale do Juruá, o compromisso é recuperar 1,2 mil quilômetros de ramais, refletindo uma ação direta na melhoria da infraestrutura da região.
O governador enfatiza que seu foco, em 2025, é transformar projetos em realidade. “Tenho reiterado que este é o ano da execução. Esta é a orientação que tenho dado a todas as secretarias. Quando abordamos a infraestrutura, tratamos de acessibilidade, um direito fundamental de todos os cidadãos. Estou confiante de que, em breve, entregaremos obras que mudarão a vida de muitas pessoas”, destacou Camelí.
A Operação Verão e Seus Resultados
Sula Ximenes, presidente do Deracre, revelou que a Operação Verão está em pleno andamento, com investimentos expressivos em toda a extensão do estado. “Já aplicamos R$ 20 milhões com recursos próprios, gerando 52 frentes de trabalho em ramais e vias urbanas. Com 66 máquinas locadas e 293 próprias, somamos quase 360 em operação”, disse Sula, ressaltando a geração de mais de mil empregos diretos. O total de 3,6 mil toneladas de asfalto já foi aplicado em pavimentação urbana, e 12 pontes de madeira foram construídas, com mais quatro em andamento.
Embora as melhorias na infraestrutura sejam notáveis, o impacto mais significativo está na qualidade de vida da população, que agora vive com mais dignidade ao ter acesso a serviços essenciais. “Este é um esforço coordenado pelo governador Gladson Camelí, visando garantir a mobilidade e dignidade à população acreana”, afirmou Sula Ximenes.
Histórias de Transformação no Campo
A experiência de Francisca das Chagas, de 75 anos, moradora do Ramal do Japãozinho há mais de três décadas, ilustra bem a importância dessas obras. Para ela, a manutenção das estradas mudou sua qualidade de vida. “Antes, no inverno, era um atoleiro. Agora, com a intervenção do Deracre, está tudo bem melhor”, comentou. Sua vivência demonstra como as melhorias estruturais podem impactar positivamente a rotina dos moradores.
Outro exemplo é o produtor Francisco de Oliveira, de 63 anos, que reside no Ramal Carobas desde 2001. Ele cultiva produtos orgânicos em uma propriedade de 109 hectares, preservando mais de 90 hectares de mata nativa. Para Francisco, a recuperação do ramal significa um grande avanço. “O acesso facilitado ajuda não apenas a mim, mas também a todos que dependem da produção”, ressaltou.
Colaboração e Ações Integradas
O gerente da Macrorregional II do Juruá no Deracre, Mauri Barboza, explicou que o mapeamento das áreas em recuperação é realizado com a participação de mais de 30 associações de moradores. “Trabalhamos em estreita colaboração com as prefeituras, unindo forças para promover melhorias tanto na zona rural quanto urbana”, destacou Barboza.
A interação com as comunidades é fundamental nas visitas do Deracre, onde os produtores expressam suas necessidades e sugestões. “Buscamos atender a todos. Durante as manutenções, ouvimos os moradores e, quando possível, implementamos ajustes para melhorar o acesso e o escoamento da produção”, finalizou o gerente regional.
A cada ano, o Deracre reavalia os principais desafios e gargalos, ajustando suas ações e alocando recursos onde são mais necessários. Neste ano, a meta de recuperar 1,2 mil quilômetros de ramais no Vale do Juruá inclui a drenagem, implantação de bueiros e construção de pontes. A experiência do inverno rigoroso do ano anterior serviu como lição, e agora, o foco é garantir que as obras sejam realizadas de acordo com as necessidades identificadas pelas comunidades, promovendo um futuro mais acessível e digno para todos.