Quem São as Novas Rainhas do Tigrinho?
O fenômeno conhecido como “Jogo do Tigrinho” voltou a ser tema de discussão após quatro influenciadoras digitais emergirem como as novas “Rainhas do Tigrinho”. Alicya Ribeiro, Dheovana França, Emilly Souza e Maria Karollyny Campos Ferreira, popularmente chamada de “Karol Digital”, estão sendo investigadas por supostas conexões com esquemas milionários de apostas ilegais. Antes de se tornarem figuras famosas nas redes sociais, as quatro viviam vidas comuns, mas, com o rápido crescimento de suas presenças online, passaram a acumular rendimentos que ultrapassavam centenas de milhares de reais por mês. Essa ascensão meteórica chamou a atenção do Ministério Público e da Polícia Civil, que agora investigam suas atividades financeiras.
Perfis das Influenciadoras
Alicya Ribeiro, com aproximadamente 400 mil seguidores, é uma das investigadas que, segundo relatos, recebia até R$ 100 mil mensais apenas com contratos de divulgação. Em uma operação realizada em junho, a polícia apreendeu cerca de R$ 700 mil em bens que seriam fruto de ganhos ilícitos. Já Dheovana França, ex-manicure, viu sua renda saltar de R$ 9 mil mensais para um patrimônio de mais de R$ 7 milhões em menos de um ano. Sua vida ostentatória incluía cirurgias estéticas e viagens luxuosas, tudo isso enquanto acumulava mais de 1,1 milhão de seguidores.
Emilly Souza, influenciadora de Mato Grosso, também está na mira das investigações. Com mais de 95 mil seguidores, ela exibia ganhos milionários em cassinos online. No entanto, após dois meses foragida, foi presa em junho na residência de sua mãe. Por último, Maria Karollyny Campos Ferreira, conhecida como Karol Digital, possui 1,5 milhão de seguidores e já tinha um passado criminal, tendo cumprido pena por assalto à mão armada. Karol, que é proprietária de sete carros de luxo avaliados em mais de R$ 5 milhões, enfrenta agora a justiça após ser presa preventivamente no final de agosto.
Investigação em Curso
As quatro influenciadoras são suspeitas de simular ganhos falsos em apostas com o intuito de atrair seguidores. As investigações indicam que uma parte significativa do dinheiro recebido em contratos de divulgação era utilizada para financiar suas vidas luxuosas, criando uma imagem enganosa de sucesso. A Polícia Civil, em parceria com o Ministério Público, está empenhada na análise das movimentações financeiras e dos bens adquiridos por essas influenciadoras. Não é exagero afirmar que algumas delas podem enfrentar penas que, juntas, somam mais de 40 anos de prisão.
Impacto nas Redes Sociais
A ascensão dessas influenciadoras e as investigações em torno delas levantam questões importantes sobre a ética nas redes sociais. A ostentação de riqueza e o uso de vidas aparentemente perfeitas para atrair seguidores podem, em última análise, ter consequências legais sérias. A sociedade observa atentamente, enquanto o caso revela os perigos que muitas vezes acompanham o glamour das redes sociais e a busca pelo sucesso instantâneo. Este caso, diga-se de passagem, não é isolado, ecoando o que aconteceu com outras figuras públicas que também se viram envolvidas em controvérsias por trás de suas vidas glamourosas.