Projetos Indígenas: Um Compromisso com a Sustentabilidade
O governo do Estado do Acre, através da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), tem intensificado sua atuação nas comunidades indígenas, promovendo ações que visam garantir os direitos dos povos originários. Um dos destaques é a implementação do Programa REM Acre – Fase II, voltado para o fortalecimento da gestão territorial e ambiental, além do desenvolvimento sustentável. Com um investimento estimado em torno de R$ 1,2 milhão, o programa tem se mostrado um pilar fundamental para a proteção das culturas e tradições indígenas.
Recentemente, a Sepi lançou o Edital de Chamamento Público nº 002/2024, que visa selecionar propostas focadas na valorização dos Planos de Gestão das Terras Indígenas (PGTIs). Ao todo, foram aprovados 9 projetos, com 3 deles sendo aglutinados, resultando em 12 iniciativas que beneficiam diretamente mais de 4 mil indígenas. O acompanhamento e monitoramento das ações estão sendo realizados junto às Organizações da Sociedade Civil indígenas (OSCs), assegurando a correta aplicação dos recursos e a efetividade das propostas.
Entre as OSCs selecionadas, destacam-se a Associação do Povo Arara do Rio Amônia, que recebeu R$ 100 mil e beneficiará 439 pessoas, e a Associação dos Seringueiros, Produtores e Artesãos Kaxinawá de Nova Olinda (ASPAKNO), que contará com um aporte de R$ 100 mil para apoiar 150 integrantes. As iniciativas abrangem diversas áreas, incluindo etnoturismo e infraestrutura, como a aquisição de equipamentos e melhoramento das condições de comunicação nas terras indígenas.
Acompanhamento e Monitoramento das Iniciativas
Recentemente, a Sepi realizou visitas aos municípios de Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, com o objetivo de oferecer suporte técnico e auxiliar as OSCs nas aquisições necessárias para a execução dos planos de trabalho aprovados. O acompanhamento contínuo é essencial para garantir que os projetos estejam sendo implementados de maneira eficaz, promovendo impactos positivos nas comunidades.
Herlândio Kaxinawá, presidente da ASPAKNO, ressaltou a importância dessa supervisão. “Agradeço ao governo pelo apoio aos povos indígenas. Esses incentivos são um sinal de compromisso e respeito. Eles representam um avanço significativo que facilitará nosso trabalho, principalmente na logística de escoamento de produção. Com a chegada da Starlink, teremos acesso à informação e educação, elementos fundamentais para a autonomia do povo indígena”, afirmou.
Além do investimento direto nas iniciativas, a Sepi também monitora a execução de recursos oriundos de emendas parlamentares, que somam cerca de R$ 160 mil. Esses recursos visam fortalecer o etnoturismo e a infraestrutura cultural nas terras indígenas, garantindo uma melhor condição de vida e valorização das culturas locais.
O Papel da Sepi no Fortalecimento da Autonomia Indígena
A atuação da Sepi vai além da supervisão de projetos. A secretaria busca fomentar a autonomia dos povos indígenas, promovendo o diálogo institucional e garantindo que suas demandas sejam ouvidas em todas as esferas do governo. A secretária dos Povos Indígenas, Francisca Arara, enfatiza que a presença do Estado nos territórios é crucial para assegurar que os recursos públicos sejam usados adequadamente e que as iniciativas das organizações indígenas sejam fortalecidas.
“Nosso compromisso é garantir que os projetos sejam executados dentro dos padrões técnicos e administrativos exigidos. A Sepi está aqui para apoiar e orientar as associações, que têm se mostrado comprometidas com o bem-estar de seus povos”, destacou Francisca Arara.
A Sepi é fundamental na promoção da valorização das culturas e tradições indígenas, reconhecendo-as como patrimônio cultural não apenas do Acre, mas de todo o Brasil. O trabalho da secretaria reafirma o compromisso do governo em assegurar os direitos dos povos indígenas, promovendo políticas públicas que atendam suas necessidades e garantam sua autonomia.