Avanços na Produção Cafeeira do Acre
A produção de café no Acre tem se destacado cada vez mais, ganhando espaço no cenário nacional. Durante a Semana Internacional do Café (SIC), que ocorre em Belo Horizonte (MG), o governo do Estado apresentou na sexta-feira, dia 7, as estratégias e os modelos produtivos que estão revolucionando a realidade rural e gerando novas oportunidades econômicas para as famílias que vivem no campo.
Desde 2019, a cadeia produtiva do café no Acre experimentou um crescimento notável, com a movimentação financeira saltando de R$ 28 milhões para R$ 139 milhões. Atualmente, o estado ocupa a 5ª posição no ranking nacional, produzindo 5,3 mil toneladas de café, sendo que mais de 91% dessa produção é realizada por trabalhadores da agricultura familiar.
O secretário de Agricultura do Acre, José Luis Tchê, participou de um painel ao lado de outros gestores e especialistas do setor, onde enfatizou a importância de aproximar os agricultores das políticas públicas e das decisões que afetam o setor. ‘Fazer um projeto de agricultura dentro do ar condicionado não dá certo. Fomos até a casa dos produtores, chamando-os à mesa para discutir de que forma iríamos alavancar a produção agrícola do nosso estado, que possui terra fértil, um sol fantástico e um clima diferenciado’, destacou Tchê.
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Durante a apresentação, um vídeo institucional destacou os avanços da cafeicultura no Acre nos últimos seis anos. Apenas em 2025, mais de R$ 4 milhões foram alocados para fortalecer a indústria do café, com investimentos voltados para assistência técnica, incentivo à produção e capacitação dos produtores.
Modelo Sustentável de Produção
Com a maioria das plantações localizadas em área amazônica, o Acre tem intensificado um modelo de produção que combina desenvolvimento econômico com preservação ambiental. A sustentabilidade, aliás, foi um dos principais focos abordados durante o evento.
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Pesquisas realizadas pela Seagri indicam que, se mantido o atual ritmo de investimentos, em até dez anos a produção de café poderá contribuir para romper o ciclo da pobreza rural, gerando um impacto de aproximadamente R$ 532 milhões anualmente, sendo que 85% deste montante será destinado ao cuidado com a floresta e à promoção de uma renda responsável.
Esse modelo sustentável tem atraído a atenção de compradores, torrefadores e especialistas de todo o Brasil e do exterior, que veem no café do Acre um produto com imenso potencial de crescimento, qualidade e competitividade. ‘Os produtores rurais são os verdadeiros ambientalistas do mundo. Nossa história de 84% de floresta protegida é admirável. A compensação pela floresta desmatada agora vem por meio da produção, e o café desempenha um papel crucial nesse processo’, concluiu o secretário.
