**Acusado de Homicídio Reage à Abordagem Policial e é Morto em Comunidade Rural no acre**
No último domingo, 15 de junho de 2025, um confronto entre a polícia e um homem procurado terminou em tragédia na Comunidade Veneza, localizada no município de Porto Walter, no interior do acre. Francisco Claudemir Saturnino do Nascimento, de 41 anos, estava sob a mira da justiça devido a um mandado de prisão em aberto relacionado ao assassinato de seu próprio irmão, cometido em 2017. Durante o incidente recente, Nascimento foi acusado de um novo homicídio, onde uma vítima, identificada como Francisco Israel Cruz dos Santos, de apenas 21 anos, foi fatalmente atingida, enquanto outra pessoa, Vilas Costas Agripino, ficou ferida.
De acordo com informações fornecidas pelas autoridades policiais, Francisco Claudemir estava utilizando uma tornozeleira eletrônica, mas havia rompido o dispositivo, o que o tornava um fugitivo da lei. A situação se agravou quando moradores da localidade de Igarapé Natal, também na zona rural, relataram disparos de armas de fogo, levando a polícia a agir rapidamente. Após cometer os crimes, o suspeito se refugiou na Comunidade Veneza, onde a polícia se dirigiu para capturá-lo.
O delegado José Obetânio, responsável pela investigação, esclareceu que a operação para prender Francisco Claudemir envolveu tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil. No momento em que os policiais chegaram à comunidade, o homem reagiu à tentativa de prisão, resultando em uma troca de tiros. “Esse indivíduo já tinha um histórico de violência, tendo assassinado seu irmão anteriormente. No dia de ontem, ele voltou a cometer crimes, resultando em um homicídio e uma tentativa de homicídio. Ao sermos acionados, nos deslocamos para o local e, ao tentar a abordagem, ele reagiu, o que culminou em sua morte”, detalhou o delegado.
Obetânio também mencionou que o comportamento agressivo de Francisco Claudemir era amplamente desaprovado pela comunidade local. “As informações iniciais que recebemos indicam que ele era visto como uma pessoa muito violenta, com um passado criminal notório”, afirmou, ressaltando a importância de entender os motivos que levaram aos recentes crimes. Investigações adicionais e depoimentos de testemunhas estão sendo coletados para elucidar os detalhes que cercam o homicídio e a tentativa de homicídio.
A história de violência familiar de Francisco Claudemir remonta a dezembro de 2017, quando sua mãe, Zilmar Vieira Melo, de 59 anos, foi assassinada a tiros por seu filho, José Benedito Melo, de 23 anos, na Comunidade Voz do Natal, também em Porto Walter. A tragédia familiar se intensificou quando Francisco, revoltado com a morte da mãe, matou José Benedito com golpes de terçado. Os dois irmãos, apesar de não serem biologicamente irmãos, compartilhavam um laço forte por parte de pai.
O crime que resultou na morte de Zilmar teve origem em uma discussão entre mãe e filho a respeito de um animal da família. Durante a briga, José Benedito, enfurecido, disparou contra sua mãe. Ela foi levada ao hospital, mas não sobreviveu aos ferimentos. Francisco, por sua vez, acabou matando seu irmão logo após o ocorrido, em um ato de vingança. Ele foi preso cerca de uma semana depois em uma residência de parentes em Cruzeiro do Sul e, durante seu depoimento, confessou o assassinato do irmão, descrevendo a sequência trágica de eventos que levou à morte de Zilmar e José Benedito.
“Ele queria matar uma égua da mãe dele e pegou uma arma para me atacar. Quando a mãe dele saiu, ele disparou contra ela. Ao ver o que aconteceu, eu fui até o quintal e disse que ele havia matado a própria mãe. Ele então se virou para mim e ameaçou me matar, foi quando eu reagi e o ataquei com um facão”, revelou Francisco na época de sua prisão.
Este caso trágico destaca não apenas a complexidade das relações familiares, mas também a necessidade de medidas efetivas de segurança pública para lidar com indivíduos violentos e reincidentes. A comunidade de Porto Walter continua a lidar com as consequências dessas tragédias, enquanto as autoridades buscam soluções para prevenir que tais incidentes se repitam.