Ação Policial na Região do Alto Acre
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) deu início nesta sexta-feira (11) a uma nova fase da operação “Sejusp em Ação” na região do Alto Acre. O objetivo é claro: diminuir os índices de criminalidade nas cidades de Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil. Essa iniciativa se estenderá até 31 de dezembro e se concentra no combate a roubos, furtos de veículos, porte ilegal de armas e tráfico de drogas, além da captura de foragidos da Justiça.
Com a participação do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e de outras unidades policiais, a operação utiliza estratégias de inteligência e patrulhamento ostensivo. O coordenador da operação, Coronel Assis dos Santos, ressaltou a importância do trabalho. “Além da repressão, buscamos também prevenir crimes e reduzir a violência com a presença efetiva do Estado”, afirmou.
A Sejusp já promoveu operações de caráter semelhante em outras regiões do estado, obtendo sucesso na apreensão de armas e drogas, bem como na prisão de criminosos procurados.
Estratégias e Reforços na Tríplice Fronteira
A Operação “Sejusp em Ação” terá um reforço contínuo no policiamento nas áreas de fronteira do Acre, especialmente nas cidades de Brasiléia e Epitaciolândia, que fazem divisa com Pando/Cobija (Bolívia) e Bolpebra, além do eixo de Iñapari (Peru). Essa estratégia visa completar um esquema de vigilância na tríplice fronteira com Assis Brasil. As ações estão programadas para prosseguir até o final do ano, adotando um método de operações rotineiras e intervenções surpresa, com a intenção de inibir o crime organizado e o tráfico internacional ao longo dessas rotas críticas.
A operação conta com patrulhamentos fixos e móveis, bloqueios em pontos estratégicos e ações de inteligência, fundamentadas em dados de indicadores criminais, denúncias anônimas e demandas da comunidade local. Iniciada em 12 de junho, a operação agora atinge a região do Alto Acre, abrangendo áreas de fronteira e localidades em todas as regionais do estado.
Destaques e Resultados da Operação
Dentre os destaques da operação estão o reforço no policiamento na tríplice fronteira (Brasil-Bolívia-Peru), a ênfase no combate ao tráfico internacional de drogas e ao contrabando de armas, além do aumento das abordagens em vias de acesso às fronteiras. A operação é integrada com o Gefron e outras forças de segurança, o que, segundo o coordenador Assis dos Santos, é um fator crucial para aumentar a sensação de segurança da população local. “Estamos utilizando inteligência, mobilidade e estratégias para atuar em pontos críticos da capital e interior. A Segurança está comprometida em restaurar a tranquilidade em todas as regiões. Esta operação será proposta de forma constante”, assegura.
O secretário José Américo Gaia reforçou a importância de combinar inteligência policial e presença visível para garantir maior segurança em todo o estado. Denúncias anônimas podem ser feitas pelo Disque 181, contribuindo para as investigações em andamento.
Resultados do Gefron e Expectativas Finais
Recentemente, o Gefron divulgou resultados operacionais do primeiro semestre de 2025, revelando um total de 96 ocorrências, das quais 19 foram relacionadas ao tráfico de entorpecentes e 43 a descaminho, resultando na condução ou prisão de 35 indivíduos. O titular da Sejusp, José Américo Gaia, destacou a relevância do Gefron em suas operações, enfatizando que “esses números são fruto do trabalho conjunto das forças de segurança aliada à inteligência. O esforço colaborativo reflete nosso objetivo de garantir a segurança da população e promover um ambiente mais seguro em nosso estado”.
No que diz respeito à recuperação de bens, 34 veículos foram recuperados e 271 kg de entorpecentes, além de 72 mil maços de cigarros foram apreendidos. O grupo também efetuou 35 prisões no semestre.
Coronel Assis dos Santos, coordenador do Gefron, enfatiza que esses resultados são um reflexo da integração entre as forças de segurança. “Estamos atuando praticamente em todo o território acreano, com ações específicas em cada município. Não se trata de ações fixas, mas pontuais, que envolvem mobilidade e conectividade nas operações”, concluiu.