vacinação e Desafios em Comunidades Isoladas
A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) finalizou no último domingo, dia 14, mais uma fase da Operação Gota, uma ação vital do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Este programa, em parceria com o governo federal, visa assegurar que comunidades ribeirinhas, rurais e indígenas, muitas vezes isoladas, tenham acesso à vacinação. Durante um intenso período de 17 dias, os profissionais de saúde conseguiram atender 3.149 pessoas e administrar 6.867 doses de vacinas, atingindo assim 90% da meta estabelecida, com um investimento total de R$ 9 milhões. Todas as vacinas presentes no calendário do Ministério da Saúde foram disponibilizadas.
A coordenadora do PNI no Acre, Renata Quiles, relatou os desafios enfrentados pela equipe ao longo da operação: “O deslocamento é um dos principais obstáculos. É uma missão extenuante que exige muito da equipe. As necessidades básicas, como alimentação e água, ficam comprometidas, e muitas vezes só conseguimos almoçar depois das cinco da tarde.”
Colaboração e vacinação Preventiva
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A Operação Gota é realizada em colaboração com o Ministério da Saúde, o Ministério da Defesa e a Força Aérea Brasileira (FAB), que disponibiliza aeronaves para o transporte das equipes de saúde e dos imunobiológicos. Nessa fase, a vacinação contra o sarampo e a aplicação da vacina contra a raiva em crianças de 1 a 15 anos se destacaram como prioridades, integrando o calendário de vacinação rotineiro para populações vulneráveis.
O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, reforçou o compromisso do Estado com a saúde pública e elogiou o trabalho da equipe envolvida: “A Operação Gota é a verdadeira essência do SUS: levar saúde a quem mais precisa, mesmo nas áreas mais remotas. Nossas equipes enfrentam longas distâncias e até atravessam matas para assegurar que cada criança, jovem e idoso tenha acesso às vacinas. Chegar a 90% da meta é mais que um número; é a prova de que o cuidado do Estado chega a todos com dedicação e amor ao próximo.”
Deslocamentos e Acesso às Comunidades
A coordenadora do PNI, Renata Quiles, também destacou o esforço físico necessário para estas missões: “O risco do deslocamento é alto; as aeronaves pousam em áreas abertas e muitas vezes precisamos andar por trilhas na mata para alcançar os locais de atendimento. Mesmo com todas as dificuldades, o sentimento de dever cumprido ao chegar às comunidades isoladas compensa todo o esforço.”
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Além de ampliar a cobertura vacinal, a Operação Gota desempenha um papel crucial na identificação de situações de vulnerabilidade e na consolidação da presença do Estado em comunidades afastadas. A operação abrangeu 49 comunidades em oito municípios do Acre, incluindo locais como Sena Madureira, Xapuri e Cruzeiro do Sul.
Engajamento da Comunidade e Resultados Positivos
Renata Quiles enfatizou a receptividade das comunidades atendidas: “Geralmente, elas são muito acolhedoras à vacinação. Mesmo sem compreender totalmente a razão das vacinas, estão sempre ansiosas pela nossa chegada. É gratificante ver a participação das mães e famílias, que reconhecem a importância da prevenção para seus filhos.”
As equipes mobilizadas para essa missão foram compostas por profissionais de saúde qualificados, preparados para atuar em locais de difícil acesso, garantindo transporte, armazenamento e aplicação adequados dos imunizantes. Durante a operação, todos os moradores das áreas visitadas puderam atualizar suas cadernetas de vacinação, garantindo que crianças, adolescentes, adultos e idosos fossem atendidos.
“Apesar de algumas comunidades serem populosas, muitos habitantes residem em áreas isoladas na mata, longe da beira do rio, onde geralmente realizamos a vacinação. Garantir que todos tenham acesso às vacinas é um desafio constante, mas essencial para proteger os ribeirinhos contra doenças”, completou Quiles.
A Operação Gota é considerada uma das iniciativas mais importantes para promover a equidade no acesso à saúde, assegurando que populações em áreas remotas tenham seu direito às vacinas garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).