Últimos Momentos e Relatos dos Vizinhos
Na noite de segunda-feira (22), uma reportagem exclusiva do ac24horas trouxe à tona os detalhes sobre a morte do jornalista e ativista cultural Moisés Alencastro de Souza, de 59 anos, encontrado sem vida em seu apartamento no Condomínio Nehine, localizado em Rio Branco. O corpo foi descoberto por amigos, e um morador do edifício, que optou por manter-se anônimo, compartilhou informações relevantes com a equipe de reportagem. Ele mencionou ter notado a presença de um homem, supostamente o último a estar com Moisés, que é considerado o principal suspeito do assassinato.
O morador relatou que Moisés costumava receber visitas frequentes de homens jovens, geralmente com idades entre 21 e 25 anos, que aparentavam estar em situações de vulnerabilidade social. Segundo ele, essas visitas não eram constantes e os jovens geralmente chegavam ao condomínio por meio de motos de aplicativos. “Nem sempre eram as mesmas pessoas. Eles pareciam não ter carro”, comentou, expressando sua observação sobre o comportamento dos visitantes.
Na noite de domingo (21), Moisés recebeu mais um desses visitantes. O morador afirmou que, por respeito à privacidade dos vizinhos, evitou fazer observações sobre quem entrava ou saía do prédio. Entretanto, ele acredita ter visto o visitante entrando no apartamento de Moisés. “Foi algo tão casual que não me lembrei do rosto”, disse, enfatizando que estava em seu apartamento utilizando fones de ouvido.
Ele notou um aumento anormal no volume da TV do apartamento de Moisés e um som que parecia ser um gemido. “Eu estava ouvindo música, então tirei os fones para ver o que estava acontecendo. Pensei que poderia ser algo pessoal, mas depois não ouvi mais nada a não ser a TV, que parecia estar passando um filme. Não ouvi gritos ou discussões”, relatou o morador, ressaltando a estranheza do momento.
Após esse episódio, o morador voltou a se concentrar em suas atividades, sem perceber quando a televisão foi desligada. Ele comentou que a polícia informou que o carro de Moisés saiu do condomínio por volta das 21h, um pouco antes do que ele imaginava, indicando que os eventos se desenrolaram rapidamente.
A Investigação e as Hipóteses sobre o Crime
A Polícia Civil confirmou que Moisés Alencastro foi assassinado na noite de domingo, apresentando múltiplas perfurações por faca nas áreas do abdômen e das costelas, além de um corte profundo no pescoço. O corpo foi encontrado em estado de rigidez cadavérica, ao lado da cama, sem sinais de arrombamento no apartamento, o que levanta questões sobre a dinâmica do crime.
Durante as investigações, as forças de segurança localizaram o veículo de Moisés na região do Quixadá. Vizinhos relataram à polícia que observaram o carro saindo do condomínio por volta das 21h, com o motorista aparentemente batendo no portão duas vezes antes de evadir-se do local. Uma das hipóteses iniciais levantadas pela polícia é de que o crime tenha sido um latrocínio, ou seja, um roubo seguido de morte, embora essa possibilidade ainda precise ser confirmada ou descartada conforme a evolução das investigações.
Equipes da Polícia Militar, Polícia Civil e do Instituto Médico Legal compareceram ao local para realizar os procedimentos técnicos e periciais necessários. O caso permanece sob investigação pela Polícia Civil, que seguirá acompanhando as testemunhas, analisando imagens de câmeras de segurança e aguardando os laudos periciais para elucidar essa trágica ocorrência.
