A casa branca anunciou nesta quinta-feira, 19 de outubro, que o presidente Donald trump tomará uma decisão crucial sobre a participação dos Estados Unidos no crescente conflito entre Israel e Irã nas próximas duas semanas. Essa informação foi destacada pela secretária de imprensa, Karoline Leavitt, que, em conversa com jornalistas, citou uma mensagem direta de trump. Ela afirmou: “Considerando que existe uma probabilidade significativa de que negociações possam ou não ser realizadas com o Irã num futuro próximo, o presidente anunciará sua posição sobre o envolvimento americano nas próximas duas semanas”.
Durante um briefing regular, Leavitt enfatizou que o presidente trump está comprometido em buscar uma solução pacífica para o impasse com o Irã, embora sua principal prioridade continue sendo a prevenção do desenvolvimento de armas nucleares por parte do país persa. A secretária de imprensa deixou claro que qualquer eventual acordo com Teerã precisaria incluir a proibição do enriquecimento de urânio e a eliminação da capacidade do Irã de produzir armamento nuclear.
“O presidente sempre busca uma solução diplomática… ele é um pacificador em chefe. trump é um líder que acredita na ‘paz pela força’. Assim, se surgir uma oportunidade para a diplomacia, ele estará pronto para aproveitá-la”, ressaltou Leavitt, acrescentando que trump também não hesitará em utilizar a força militar se necessário. Essa abordagem dual reflete a complexidade da situação no Oriente Médio e a necessidade de um equilíbrio delicado entre negociação e defesa.
No entanto, Leavitt não se comprometeu a esclarecer se o presidente buscaria autorização do Congresso para qualquer ação militar contra o Irã. Ela reiterou a posição de Washington, que acredita que o Irã nunca esteve tão próximo de desenvolver uma arma nuclear, aumentando as tensões na região.
Enquanto isso, o conflito entre Israel e Irã continua a se intensificar. Na mesma quinta-feira, Israel conduziu ataques aéreos em alvos nucleares no Irã, enquanto o país persa retaliou lançando mísseis e drones contra Israel, especialmente após um ataque a um hospital israelense durante a noite. A escalada da violência não mostra sinais de desaceleração, e ambos os lados parecem estar presos em um ciclo de confrontos, sem uma estratégia clara de desescalada.
Leavitt também revelou que trump foi atualizado sobre as operações israelenses realizadas nesta quinta-feira e que o Irã enfrentará consequências severas caso não cesse suas atividades relacionadas ao armamento nuclear. A atual situação representa o maior desafio de segurança para Teerã desde a Revolução de 1979, levando a liderança iraniana a considerar uma gama de opções para responder a essa crescente pressão.
O presidente americano mantém o mundo em suspense sobre o possível envolvimento dos EUA no conflito. Sua postura tem oscilado entre a proposta de uma rápida solução diplomática e a sugestão de que os Estados Unidos poderiam se envolver diretamente nas hostilidades. Na quarta-feira, trump comentou que ninguém poderia prever suas próximas ações, e um dia antes, ele refletiu em suas redes sociais sobre a possibilidade de ações drásticas, incluindo a eliminação de Khamenei, além de exigir a rendição incondicional do Irã.
Recentemente, três diplomatas informaram que o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, e o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, mantiveram várias conversas telefônicas desde o início dos ataques israelenses, indicando que, apesar das tensões, ainda há canais de comunicação abertos entre as partes envolvidas.
Diante desse cenário complexo e volátil, a situação no Oriente Médio continua a exigir atenção internacional, enquanto o presidente trump se prepara para anunciar sua decisão sobre o papel dos Estados Unidos nesse contexto crítico.