Iniciativa para Identificar Áreas de Risco
Equipes do Serviço Geológico do Brasil (SGB) estão a todo vapor em Rio Branco, realizando um importante mapeamento de áreas propensas a desmoronamentos, em colaboração com a Defesa Civil Municipal. A principal meta deste projeto é identificar locais que apresentam riscos de desastres, promovendo ações preventivas que possam evitar danos significativos às famílias que habitam essas regiões vulneráveis.
Na manhã da última quarta-feira, dia 10, as equipes concentraram seus esforços no bairro Taquari, localizado no Segundo Distrito, uma das áreas mais impactadas pelas enchentes que ocorrem durante o rigoroso inverno amazônico. Nesta localidade, a preocupação com a segurança das moradias é evidente, especialmente entre os moradores que enfrentam os desafios impostos pelas constantes inundações.
Francisca Conceição Silva, uma catadora de material reciclável que vive no bairro, não hesita em compartilhar a realidade difícil que enfrenta. “A situação aqui é terrível. A alagação chega e já ficamos com medo antes mesmo da chegada do inverno. Quando começam as chuvas, nossas casas inundam rapidamente. As de madeira ficam molengas, enquanto as de alvenaria desmoronam gradativamente”, afirma.
A Importância da Ação Preventiva
O coronel José Glácio, subcoordenador da Defesa Civil de Rio Branco, está acompanhando de perto essa iniciativa e ressalta a urgência e relevância da ação preventiva. “O Serviço Geológico do Brasil está monitorando o bairro Taquari para avaliar os riscos geológicos. Sabemos que a maior parte do bairro enfrenta problemas hidrológicos, mas desmoronamentos também ocorrem. É notório que as residências em alvenaria são as mais afetadas, pois, com a movimentação do solo, elas tendem a rachar. As construídas em madeira, apesar de sofrerem menos, precisam de manutenção constante”, explica.
O geólogo Luiz Fernando dos Santos, que integra a equipe do Serviço Geológico do Brasil, destaca a importância da atualização no mapeamento das áreas de risco. Segundo ele, essa informação é vital para subsidiar planos de contingência e guiar futuras ações de urbanização e infraestrutura. “A segurança e qualidade de vida da população estão em jogo. No Taquari, as inundações se originam dos rios, córregos e igarapés, especialmente do Rio Acre, resultando em processos de inundação e erosão nas margens. O desbarrancamento é um fenômeno que observamos com frequência aqui”, revela.
Dados para Ações Futuras
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O mapeamento, que está programado para continuar durante toda a semana, fornecerá dados cruciais que poderão ser utilizados pelas secretarias de planejamento e pela prefeitura em situações de desastres naturais. Com essas informações, a requisição de recursos junto ao governo federal se tornará mais ágil e eficaz.
Essa ação conjunta entre a Defesa Civil e o Serviço Geológico do Brasil não apenas visa proteger vidas, mas também proporciona uma base sólida para o desenvolvimento de políticas públicas que promovam a resiliência das comunidades afetadas. Ao mapear áreas em risco, as autoridades buscam criar um futuro mais seguro para os moradores de Rio Branco, especialmente aqueles que habitam regiões vulneráveis aos desastres naturais.