Avaliação Positiva do Presidente Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conquistou a posição de líder mais bem avaliado entre os chefes de Estado da América do Sul, de acordo com uma pesquisa da CB Consultora Opinión Pública, realizada na Argentina. Com uma imagem positiva de 49,2%, Lula se destaca no ranking de aprovação, seguido de perto por Yamandú Orsi, do Uruguai, com 48,9%, e Daniel Noboa, do Equador, que alcançou 46,8%.
A pesquisa, que ocorreu entre os dias 18 e 22 de agosto, entrevistou mais de 11 mil pessoas em nove diferentes países sul-americanos. Surpreendentemente, este levantamento mostra que, pela primeira vez desde o início da série histórica, todos os presidentes da região apresentaram uma diminuição na avaliação pública em comparação ao mês anterior.
Desgaste Político na Região
Na parte inferior da lista, destacam-se aqueles com as piores avaliações: Luis Arce, da Bolívia, com apenas 17,8%, Dina Boluarte, do Peru, com 18,0%, e Nicolás Maduro, da Venezuela, que obteve 23,2% de aprovação. Esses números revelam um quadro de desgaste político em países que passam por instabilidades institucionais, crises econômicas e uma notável falta de confiança pública.
Enquanto isso, entre os líderes com aprovação intermediária, encontram-se Javier Milei (Argentina), com 46,1%, Gabriel Boric (Chile), com 43,8%, Gustavo Petro (Colômbia), com 37,4%, e Santiago Peña (Paraguai), com 34,6%. Embora não estejam entre os mais bem avaliados, esses presidentes exibem índices que os colocam acima da média regional, especialmente em um contexto marcado por polarização política e desafios econômicos.
Contexto e Implicações da Pesquisa
A pesquisa da CB Consultora apresenta uma margem de erro que varia entre 2,5% e 3%, oferecendo uma visão abrangente da percepção pública sobre os principais líderes da América do Sul. O cenário de queda na aprovação presidencial indica um momento de desgaste institucional, refletindo frustrações populares, dificuldades econômicas e tensões sociais que permeiam a região.
Os dados ainda mostram que a imagem dos presidentes é bastante sensível às condições internas de cada país, assim como à sua capacidade de enfrentar os desafios regionais. A maior retração na avaliação foi observada na figura de Nicolás Maduro, que registrou uma queda de 4,9 pontos percentuais. Em contrapartida, Dina Boluarte teve a menor variação negativa, com um recuo de apenas 0,2 ponto.