Libertação como Símbolo de Justiça
A ex-presidente boliviana Jeanine Áñez e outros envolvidos no Caso Senkata conquistaram sua liberdade na terça-feira (26), após uma decisão judicial que declarou a incompetência da justiça ordinária em processá-los. O tribunal acatou o pedido de habeas corpus da defesa e enviou o caso ao Ministério Público para possíveis responsabilidades futuras.
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O Caso Senkata remete aos confrontos de 2019 na região de El Alto, que resultaram em mortes durante a turbulenta crise política que levou Áñez ao poder. Desde o início, a defesa da ex-presidente alegou que as acusações contra ela são de natureza política. Em uma declaração angustiante, Áñez declarou: “Este dia será lembrado pela história e um passo foi dado em direção a uma Bolívia mais justa e mais livre. Que viva a Bolívia!”. Essa decisão pode ser vista como um novo capítulo no complexo panorama jurídico e político da Bolívia, ainda que o processo possa ser submetido a outras instâncias.
Solidariedade Entre as Lutas Democráticas
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A líder opositora venezuelana, Maria Corina Machado, descreveu a libertação de Áñez e dos também opositores Luis Fernando Camacho e Marco Antonio Pumari como um “ato de justiça”. Em suas declarações públicas e por meio de postagens nas redes sociais, Corina Machado enfatizou que os três “nunca deveriam ter sido presos”, ressaltando que suas detenções representaram uma clara demonstração de “perseguição política”.
Em um texto repleto de emoção, Corina Machado expressou: “O testemunho que nos foi dado durante sua injusta prisão, a firmeza de suas convicções, sua resistência e amor pela Bolívia nos reafirmam em nossa luta”. A líder política, que também enfrenta desafios em seu país, deixou claro seu apoio: “Recebam a força, o respeito e o carinho dos venezuelanos, que consideramos a luta pela democracia na Bolívia como parte de nossa própria batalha”.
Esse pronunciamento surge após a decisão judicial boliviana que resultou na liberdade de Áñez e outros acusados no Caso Senkata, com a argumentação de que a justiça ordinária não tinha competência para processá-los. O caso agora será reavaliado pelo Ministério Público boliviano, em um clima de incerteza sobre os próximos passos legais.