Aprovação Póstuma e a Tragédia
Aos 35 anos, Juliana Chaar, uma dedicada assessora jurídica, conquistou uma vaga no 43º Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com o resultado revelado na última terça-feira, 8. Infelizmente, essa tão sonhada aprovação chegou de maneira trágica, pois Juliana faleceu no dia 21 de junho, após ser atropelada durante uma briga em frente a uma boate em Rio Branco.
A confirmação de sua aprovação foi divulgada pela assessoria da OAB Seccional Acre. O exame, essencial para os formados em Direito que desejam atuar como advogados, é dividido em duas etapas: uma prova objetiva e outra de prática profissional.
Família em Luto e Lembranças de Juliana
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Em entrevista à GAZETA, o advogado da família de Juliana, que também é primo dela, expressou a dor pela perda e a confiança que a jovem tinha em seu desempenho na prova. “Ela estava muito entusiasmada com essa etapa da vida. Era um objetivo significativo que ela perseguia. Agora, essa conquista traz à nossa família mais uma tristeza: não poder compartilhar esse momento com ela”, declarou.
A mãe de Juliana, Maria Cláudia Thomaz Chaar Marçal, manifestou sua indignação sobre o suspeito de conduzir o veículo, Diego Luiz Góis Passo, afirmando: “Esse bandido tirou a vida da minha filha. Ela não teve a chance de viver seu sonho”.
O Acidente e as Implicações Legais
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No dia 21, Juliana foi atingida por um carro durante uma confusão na boate Dibuteco, localizada no bairro Isaura Parente, durante a madrugada. Após o atropelamento, ela foi levada ao Centro Cirúrgico do Pronto-Socorro de Rio Branco, onde não conseguiu sobreviver aos ferimentos. Testemunhas relataram que o incidente ocorreu no meio de uma briga envolvendo diversos frequentadores do local.
Apesar de já terem se passado dezessete dias desde o trágico evento, o principal suspeito, Diego Luiz Góis Passo, não se apresentou às autoridades. A Justiça do Acre emitiu, no dia seguinte ao falecimento de Juliana, um mandado de prisão temporária por homicídio doloso qualificado contra ele, além de autorizar buscas em sua residência e a quebra do sigilo de seus dados eletrônicos.
Defesa do Suspeito e Controvérsias
Felipe Muñoz, advogado de Diego, afirmou que ele permanece em Rio Branco, aguardando uma decisão judicial sobre um pedido para revogar sua prisão. “Estamos confiantes de que a decisão favorável será divulgada ainda esta semana. Além disso, Diego se comprometeu a entregar o carro às autoridades”, declarou Muñoz.
Segundo a defesa, Diego agiu em um momento de impulso, após ouvir um disparo durante a briga. O tiro, segundo relatos, teria sido disparado pelo advogado Keldheky Maia, amigo da vítima. “Quando ele percebeu a arma apontada para ele e o disparo, como qualquer um, ele buscou se afastar do perigo e sobreviver”, explicou o defensor.
Muñoz acrescentou que Diego considerou voltar ao local do atropelamento para entender o que havia acontecido, mas decidiu não fazê-lo ao notar a aglomeração, temendo represálias.