Quase 50% da População Acreana Tem dívidas Não Quitadas
O estado do Acre se destaca entre as localidades brasileiras com um alarmante índice de inadimplência, conforme revela o Mapa da Inadimplência e Renegociação de dívidas, publicado pelo Serasa. Com 46,94% de seus consumidores com o nome negativado, o Acre ocupa a 14ª colocação no panorama nacional de endividamento.
Esse estudo, que analisa mensalmente a situação das finanças dos brasileiros, não apenas ilustra o cenário preocupante do endividamento, mas também destaca as iniciativas de renegociação através do programa Serasa Limpa Nome. No contexto acreano, foram formalizados 12.352 acordos de renegociação, um número significativo considerando a realidade financeira desafiadora enfrentada por muitos consumidores.
Adicionalmente, o levantamento indica que os tipos de dívidas mais comuns no estado seguem o padrão nacional. As dívidas mais frequentes estão relacionadas a bancos e cartões de crédito, que representam 27,5% do total. Em seguida, aparecem as contas de serviços públicos, como água e luz, com 20,7%, seguidas por financeiras, com 19,4%, e serviços diversos, que somam 11,8%. No programa Serasa Limpa Nome, as dívidas mais frequentemente renegociadas no Acre estão ligadas a securitizadoras (23,2%), grandes bancos (10,6%) e operadoras de telecomunicação (10,5%).
Uma Visão Geral Sobre as dívidas no Acre
O cenário das dívidas no Acre revela um padrão que espelha a média nacional, com os dados demonstrando a seguinte distribuição:
- Bancos e cartões de crédito: 27,5%
- Contas básicas (água, luz e gás): 20,7%
- Financeiras: 19,4%
- Serviços diversos: 11,8%
Atualmente, existem mais de 2,1 milhões de ofertas disponíveis para negociação pelo Serasa Limpa Nome no estado, sendo a maior parte delas concentrada em securitizadoras (39,2%). Essa realidade reforça a necessidade de um diálogo contínuo sobre educação financeira e a importância da renegociação de dívidas.
Um Panorama Nacional Preocupante
O Brasil como um todo enfrenta um cenário alarmante de inadimplência. Em junho de 2025, o país registrou um recorde de 77,8 milhões de pessoas negativadas, acumulando 304,5 milhões de dívidas ativas, o que totaliza impressionantes R$ 477 bilhões. A média de endividamento por pessoa atinge R$ 6.128,26. Além disso, a distribuição das dívidas entre gêneros demonstra um equilíbrio, com 50,3% pertencendo a mulheres e 49,7% a homens. No ranking de inadimplência, o Amapá está no topo, com 63,49% da sua população negativada, seguido pelo Distrito Federal (61,01%) e Rio de Janeiro (57,19%).
Especialistas analisam que o contexto econômico desafiador é a principal causa do aumento da inadimplência. Muitos cidadãos têm buscado renegociar suas dívidas para limpar seus nomes e recuperar o acesso ao crédito.