Desafios Financeiros e Demandas dos servidores
Na última terça-feira, dia 30, o governo do Acre divulgou a prestação de contas referente às finanças públicas do segundo quadrimestre de 2025, que abrange os meses de maio a agosto. No documento, o poder Executivo admitiu ter ultrapassado em apenas quatro décimos os limites legais estabelecidos para gastos com pessoal, fixados em 46,55%.
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De acordo com uma matéria veiculada pela Agência de Notícias do Acre, veículo oficial do governo, a administração atribui essa situação ao aumento das convocações de concursados, além do reajuste salarial que beneficiou cerca de 51 mil servidores. No entanto, não foram mencionados os gastos com cargos comissionados, o que levanta questionamentos sobre a transparência nas contas públicas.
O governo também alertou que as atuais condições financeiras não são favoráveis para atender as reivindicações de sindicatos de servidores, que buscam um novo aumento salarial e a revisão dos Planos de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR). Em destaque, os servidores da Saúde estão em uma intensa negociação com o governador Gladson Camelí (PP), focando nas demandas relativas ao PCCR das distintas categorias que compõem a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre). Além disso, servidores de vários órgãos estão solicitando aumentos nos auxílios de saúde e alimentação.
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Apesar desse cenário de tensionamento, o governo parece otimista com os resultados financeiros apresentados no relatório. O secretário de Fazenda (Sefaz), Amarísio Freitas, afirmou: “Os números confirmam que a gestão Gladson Camelí continua firme no caminho da responsabilidade fiscal e equilíbrio nas contas públicas. Isso demonstra que, mesmo com o pagamento da primeira parcela do 13° [salário], o reajuste para todos os servidores e as convocações em setores permitidos como saúde, segurança e educação, temos conseguido reduzir o percentual a cada quadrimestre.”
Os percentuais dos últimos três quadrimestres foram revelados, mostrando uma trajetória de ajustes financeiros e controle de gastos. Em um esforço contínuo para garantir a saúde fiscal do estado, a gestão informou que está implementando medidas emergenciais que visam a contenção de despesas, a fim de evitar o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Dentre as ações adotadas estão a suspensão de novas contratações e a redução de despesas com cargos comissionados, além de outros cortes necessários.