A Revolução da Farofa Acreana
No coração do Acre, a farofa transcende seu papel de mero acompanhamento e se torna um símbolo de identidade regional. Foi motivada por essa conexão cultural que a psicóloga Mayara Lima deu vida à Amarelinha do Acre, uma marca que transforma a tradicional farinha em uma farofa embalada a vácuo, projetada para conquistar paladares pelo Brasil. Com a proposta de inovar, o produto é o único do país vendido dessa forma, variando sabores como bacon, banana e até pimenta.
A iniciativa de Mayara vai além do negócio; ela representa um ato de amor pela cultura acreana. Sua participação na Expoacre 2025, a maior feira de entretenimento, negócios e agropecuária do estado, é um marco. Durante o evento, que ocorre de 26 de julho a 3 de agosto, a empreendedora apresentará sua mais nova criação — a “farofa de bolso”, com 150 gramas, ideal para quem está sempre em movimento.
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“O nosso objetivo é levar o Acre para o mundo. A farofa embalada a vácuo não só tem maior durabilidade, mas mantém a crocância, ao contrário das versões tradicionais que murcham rapidamente”, esclarece Mayara. Essa inovação na forma de comercialização destaca a singularidade do produto e tem atraído a atenção de consumidores em potencial.
Parceria e Crescimento Sustentável
O sucesso da produção de Mayara foi potencializado por uma colaboração com uma cooperativa rural no Caquetá e Porto Acre, interior do estado. “Os membros da cooperativa são incríveis. Atualmente, conseguimos produzir 50 quilos de farofa em menos de uma hora, enquanto anteriormente, levávamos quatro dias para fabricar apenas 30 quilos”, relembra Mayara, ressaltando a importância da valorização das práticas locais. Para ela, a farofa não é apenas um produto, mas parte de um movimento maior de reconhecimento da cultura e da produção acreana.
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“É imprescindível que todo brasileiro conheça a nossa farinha. Tenho certeza de que, ao chegar em outros estados, as pessoas irão se apaixonar. Isso traz benefícios tanto para a nossa economia quanto para o reconhecimento dos nossos produtores locais”, afirma a empresária, mostrando seu entusiasmo pelo potencial da farofa acreana.
A Necessidade de Apoio ao Agricultor Local
Mayara também aproveita a oportunidade para fazer um apelo aos governantes locais. “A mandioca que cultivamos aqui é de altíssima qualidade, mas falta investimento na sua produção. É lamentável que um acreano precise deixar o estado e consumir farinha de outros lugares”, critica com um tom de humor, refletindo seu orgulho pela cultura regional.
Com inovações que respeitam e celebram a tradição, Mayara Lima não apenas transforma a farofa em um produto do futuro, mas também reacende o orgulho dos acreanos e destaca a importância de valorizar as raízes culturais da região. A Amarelinha do Acre é mais do que uma empresa; é um símbolo de resistência e criatividade que promete conquistar cada vez mais espaço no mercado nacional.