Fábio Araújo Questiona Falta de Transparência no Subsídio ao Transporte
O vereador Fábio Araújo (MDB) expressou, nesta terça-feira (9), sua insatisfação com o projeto de lei do Executivo que propõe a concessão de um novo subsídio tarifário para o transporte coletivo urbano, estimado em R$ 8 milhões anuais. De acordo com Araújo, a proposta chegou à Câmara sem os necessários estudos de impacto orçamentário, planilhas técnicas ou parecer jurídico da Procuradoria Geral do Município.
Durante sua fala na tribuna, Araújo enfatizou que motoristas foram convocados ao plenário com a promessa de que o projeto seria votado naquele mesmo dia. “Alguém mentiu para esses trabalhadores. O projeto foi apenas lido no expediente e não possui a documentação mínima para ser analisado”, afirmou o vereador, deixando claro seu descontentamento com a situação.
O projeto, protocolado em 4 de setembro, estabelece um pagamento de R$ 3,13 por passageiro transportado, com o intuito de manter a tarifa pública em R$ 4. O subsídio seria retroativo a junho e vigora até que a licitação do Siturb (Sistema Integrado de Transportes Urbanos de Rio Branco) seja concluída. A justificativa oficial para a criação do subsídio aponta para o aumento nos custos operacionais e a necessidade de garantir a continuidade dos serviços de transporte.
A Faltas de Melhorias e Promessas Não Cumpridas
No entanto, Araújo questiona a ausência de melhorias efetivas no transporte público e o não cumprimento de promessas feitas aos profissionais da área. “Na última vez que houve um subsídio, afirmaram que o dinheiro seria utilizado para reajustar os salários dos motoristas. E hoje, esses mesmos profissionais estão aqui, reivindicando o que nunca foi entregue”, destacou.
Em suas redes sociais, o vereador voltou a criticar a falta de transparência por parte do Executivo e a repetição de práticas que, segundo ele, beneficiam empresas privadas, sem que sejam garantidas contrapartidas para a população. “Querem que a Câmara aprove às cegas um valor milionário, enquanto motoristas e usuários ficam sem respostas”, escreveu Araújo, reforçando sua posição em defesa dos direitos dos trabalhadores.
O projeto foi oficialmente recebido na última segunda (8), pelo presidente da Câmara, Joabe Lira (União), que o encaminhou para análise de constitucionalidade na Procuradoria Legislativa. A expectativa é que o texto seja debatido durante a sessão marcada para quarta-feira (10). Com o cenário em constante mudança, a pressão sobre a Câmara Municipal para uma análise profunda e transparente do projeto só aumenta.