Cenário Político em Transformação
O recente julgamento do STF trouxe incertezas à operação Ptolomeu e, consequentemente, as atenções da política se voltam cada vez mais para as eleições de 2026. O atual governador, Gladson Cameli (PP), deixará seu cargo em 4 de abril para se candidatar ao Senado. Nesse cenário, a vice-governadora Mailza Assis (PP) se posiciona como pré-candidata ao governo do Estado.
Além dela, o prefeito Tião Bocalom (PL) também se afastará do cargo para concorrer ao governo. Com sua saída, o vice Alysson Bestene assume a prefeitura e pode se preparar para uma candidatura em 2028. As eleições são um jogo de xadrez, onde cada movimento pode alterar o rumo das peças.
Entre os nomes que devem disputar a sucessão, destaca-se o senador Alan Rick (Republicanos), que embora esteja em seu mandato até 2030, já articula sua candidatura. Thor Dantas, médico e pré-candidato ao governo pelo PSB, com apoio da esquerda, se afastará de seu cargo para alinhar a campanha, respeitando a legislação eleitoral. A pergunta que fica é: quem o povo escolherá para governar o Acre até 2030?
Expectativas e Movimentações na Câmara
Em meio a essa efervescência política, um consenso começa a se formar entre os vereadores, que veem o vereador Bruno Morais (PROGRESSISTA) como o candidato ideal para presidir a Mesa Diretora da Câmara. Bruno se destacou como o mais votado do PP, recebendo mais de seis mil votos, e está em sintonia com o prefeito Alysson Bestene, também do seu partido. Ele já se manifestou sobre sua disposição para liderar a Câmara, reforçando seu papel como um gestor de peso.
Entretanto, a corrida eleitoral não se resume apenas aos candidatos ao governo. O MDB anunciou que Jéssica será sua candidata ao Senado. Mas a indecisão paira sobre outros nomes, como o deputado Eduardo Velloso, que ainda não confirmou se irá se lançar ao Senado ou buscará a reeleição. Nos bairros, o ex-prefeito Marcus Alexandre (MDB) é citado como um forte concorrente, com a expectativa de receber uma votação expressiva, acompanhado por Nicolau Júnior e Fagner Calegário.
Desafios e Decisões Difíceis
O prefeito Tião Bocalom está avançando em sua candidatura ao governo, mas há desafios significativos pela frente. A capacidade de financiamento das campanhas pode ser um fator decisivo para quem almeja a vitória nas eleições. O dito popular afirma que “para ser aprovado no ENEM é preciso estudar; vencer uma eleição exige mais do que boa vontade e orações”. Assim, os candidatos precisam não apenas de boas intenções, mas também de estratégias sólidas e recursos suficientes.
Em Brasiléia, o movimento do prefeito Carlinhos do Pelado (PP) foi drástico: ele demitiu mais de cem funcionários temporários da Educação, visando enxugar a folha de pagamentos. Essa decisão, embora rigorosa, é vista como necessária, mesmo que impopular entre seus apoiadores. O impacto dessa medida será sentido por aqueles que ele apoiará, especialmente considerando que ele não estará concorrendo nas eleições deste ano.
As demissões e exonerações costumam deixar marcas profundas na sociedade, especialmente quando ocorrem em períodos sensíveis como o Natal. Além disso, é curioso notar que ainda existem políticos que acreditam que a população deve votar neles apenas por se considerarem merecedores de tal honra. É um lembrete de que a política requer não só bom caráter, mas também conexão genuína com as necessidades da população.
Assim, enquanto as preparações para as eleições de 2026 se intensificam, a expectativa é de que novos nomes e propostas surjam, moldando o futuro político do Acre. O que resta saber é quem se destacará neste cenário desafiador e conquistará a confiança do eleitorado.
