Alterações na aprovação do Governo Lula
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresenta uma leve recuperação em sua classificação pública, de acordo com a nova pesquisa Genial/Quaest divulgada na última quarta-feira (16). O índice de desaprovação caiu para 53%, uma diminuição em relação aos 57% registrados em maio. Por outro lado, a aprovação subiu para 43%, marcando um crescimento de três pontos percentuais em comparação ao levantamento anterior. O percentual de indecisos, que não souberam ou não quiseram responder, permanece em 4%.
Vale ressaltar que esta pesquisa foi realizada em um momento delicado, em meio ao anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, por parte do governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump. Lula, por sua vez, enfatizou a necessidade de unidade nacional e a importância de uma resposta proporcional a essa decisão.
Metodologia da Pesquisa
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A pesquisa foi conduzida entre os dias 10 e 14 de julho e entrevistou 2.004 pessoas, com uma margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e um nível de confiança de 95%.
Desaprovação e aprovação por Regiões
A análise regional revela que a maior queda na desaprovação do governo Lula se deu na região Sudeste, onde a reprovação passou de 64% em maio para 56% em julho. A aprovação nesta área também subiu, passando de 32% para 40%. No que diz respeito às mulheres, o índice de desaprovação caiu de 54% para 49%, enquanto a aprovação aumentou de 42% para 46%.
Entre os cidadãos com idades entre 35 e 59 anos, a desaprovação viu uma redução de 59% para 52%, enquanto a aprovação saltou de 38% para 44%. Os licenciados com ensino superior completo também demonstraram uma mudança perceptível, com o índice de desaprovação diminuindo de 64% para 53% e a aprovação aumentando de 33% para 45%.
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Desafios do Governo e Relações Internacionais
Nos últimos dias, a administração Lula se viu sob pressão adicional após o governo dos Estados Unidos abrir uma investigação formal contra o Brasil, alegando práticas comerciais desleais em diversas áreas, incluindo tarifas de importação e desmatamento ilegal. Essa investigação, liderada pelo USTR (Representante de Comércio dos Estados Unidos), reflete preocupações em relação à competitividade de empresas americanas frente às brasileiras.
A investigação pode culminar em medidas comerciais severas, incluindo tarifas punitivas, caso se conclua que as práticas brasileiras prejudicam negócios e trabalhadores americanos. Entre os itens em análise estão o comércio digital, tarifas preferenciais concedidas a outros países, e o combate à corrupção.
A Resposta do Brasil às Novas Tarifas
Na última quarta-feira (9), Donald Trump anunciou, por meio de uma carta, que as exportações brasileiras para os Estados Unidos enfrentariam uma tarifa de 50% a partir de 1º de agosto. Em sua comunicação, Trump expressou que essa decisão se deve a questões relacionadas ao que ele considera uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, além de alegações de desacordos judiciais contra empresas de tecnologia norte-americanas.
O governo brasileiro, durante uma reunião em Brasília, indicou que não planeja implementar a Lei de Reciprocidade em resposta ao aumento das tarifas, mesmo que as negociações bilaterais não avancem até a data limite de agosto. Essa postura visa buscar um diálogo amigável e evitar um impasse nas relações comerciais entre os dois países.