**Debate sobre propostas de socorro neri para Combater Crimes Emocionais no acre**
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Na última quarta-feira, 18, a deputada federal socorro neri promoveu um seminário em rio branco com foco em dois projetos inovadores que abordam formas de violência muitas vezes invisíveis: o estelionato sentimental e a indução ao suicídio em situações de abuso emocional. O evento contou com a participação de diversos representantes do sistema judicial, como membros do Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, além de ativistas, conselhos de direitos da mulher e vítimas desses crimes.
Durante o seminário, foram discutidos dois projetos de lei que visam preencher lacunas no ordenamento jurídico brasileiro no que tange à violência psicológica e afetiva. O primeiro, denominado PL 69/2025, propõe a tipificação do estelionato sentimental, que envolve a manipulação emocional para obter vantagens financeiras. O segundo, conhecido como Lei joyce Araújo ou PL 552/2025, agrava as penas para casos de indução ao suicídio através de manipulação emocional, com foco especial na proteção das mulheres.
A deputada socorro neri enfatizou a importância dessas propostas, afirmando que elas representam um avanço significativo na resposta legislativa a uma forma de violência que se aproveita da confiança e do afeto da vítima para manipulá-la, explorá-la e, em alguns casos, até destruí-la. “Com os Projetos de Lei que aqui debatemos, buscamos dar respostas normativas a um tipo de violência que se utiliza da confiança, do afeto e da ilusão amorosa para manipular, explorar e, por vezes, destruir a vida da vítima”, declarou socorro neri durante o evento.
A Lei joyce Araújo é uma resposta direta ao trágico caso de uma jovem acreana que cometeu suicídio após sofrer abusos psicológicos em uma relação marcada por manipulação afetiva. Sua irmã, a ativista Jaqueline Sousa, fez um apelo emocionante para o reconhecimento desse tipo de crime como feminicídio psicológico. “A joyce foi vítima de um abuso psicológico que a levou a tirar a própria vida. O que desejamos é que casos como o dela deixem de ser tratados apenas como suicídios e passem a ser reconhecidos como feminicídio psicológico. Essa luta pode transformar a vida de outras mulheres e de suas famílias. É por justiça que estamos aqui”, afirmou Jaqueline.
A procuradora de Justiça Patrícia Rêgo, que coordena o Centro de Atendimento à vítima do Ministério Público do Estado do acre, destacou o impacto devastador do estelionato sentimental. Segundo ela, essa forma de violência, que se inicia com manipulação emocional, pode resultar em consequências graves, como automutilações e suicídios. “Essas mulheres não podem ser apenas estatísticas de suicídio — são vítimas de feminicídio. A deputada socorro neri está realizando um trabalho essencial ao propor projetos que reconhecem essa realidade e buscam justiça, além de preservar a memória de joyce”, enfatizou Patrícia.
O seminário também contou com a presença de outros profissionais e autoridades, como Oswaldo Albuquerque (MPAC), Louise Kristina Lopes (TJAC), Márdhia El-Shawa (Secretária de Estado da Mulher), Elzinha Mendonça (Vereadora de rio branco), Geovana Nascimento (Conselho Municipal dos Direitos da Mulher), Juliana de Angelis (Delegada da DEAM), Bárbara Abreu (Defensoria Pública), Thaís Moura (Vice-presidente da OAB/AC) e Jaqueline Sousa de Araújo. A união desses participantes demonstra a relevância e a urgência do tema em questão, destacando a necessidade de um olhar mais atento e uma abordagem legislativa firme contra as violências emocionais que afetam tantas pessoas, especialmente mulheres.
Essas iniciativas de socorro neri são um passo importante para dar voz a vítimas de abusos emocionais e fortalecer a luta contra a violência de gênero, que, infelizmente, ainda é uma realidade em nossa sociedade. As propostas buscam não apenas criar uma legislação robusta, mas também promover uma mudança cultural que reconheça a gravidade desses crimes e a importância de um suporte efetivo para as vítimas.