Proposta de Canal Unificado
O Ministério da Justiça brasileiro está desenvolvendo um canal unificado para receber denúncias de crimes relacionados a crianças e adolescentes. Com essa iniciativa, o governo busca simplificar o processo de denúncia e ampliar a divulgação de campanhas voltadas à proteção infantojuvenil.
A criação desse canal é parte da estratégia “Crescer em Paz”, que abrange um total de 45 ações. A previsão é que uma portaria sobre o assunto seja divulgada até o final de outubro.
Fluxo de Denúncias e Dados Alarmantes
Atualmente, a Polícia Federal (PF) recebe aproximadamente 1.500 relatos de conteúdo abusivo por dia, englobando casos de abuso infantil e aliciamento de menores. Essa alta demanda revela a urgência de um canal centralizado, considerando a fragmentação das denúncias que chegam por diversos meios, como os canais das polícias, o Disque 100 (do Ministério dos Direitos Humanos) e a ONG Safernet.
Vale ressaltar que muitos casos não são reportados devido à dificuldade em identificar corretamente o conteúdo abusivo e notificar as redes apropriadas. A plataforma americana NCMEC, que colabora com a PF por meio de um acordo com a Interpol, tem sido um recurso importante nesse contexto.
Outras Iniciativas em Andamento
Além da criação do canal unificado, o governo está explorando outras estratégias voltadas à proteção de públicos mais vulneráveis. Isso inclui a discussão sobre a regulação das redes sociais e a modernização das classificações indicativas, semelhante ao que é feito com filmes no cinema.
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Um dos pontos discutidos é a implementação de um sistema de verificação etária para o acesso a plataformas digitais. O governo brasileiro acredita que as empresas envolvidas não têm se esforçado o suficiente para cumprir as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O assunto está sendo debatido em propostas que tramitam no Congresso Nacional.
Uma das ideias consideradas é a criação de mecanismos que garantam o acesso seguro de crianças e adolescentes às redes sociais. Diversos modelos de verificação etária têm sido analisados, incluindo a exigência de um token específico para uso das plataformas.