André Borges Retorna ao Acre Após Liberação Judicial
O empresário André Borges, identificado como um dos cinco suspeitos de fazer parte de um complexo esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, foi libertado na última sexta-feira, dia 18, após a expedição de um alvará de soltura por parte da Justiça. A decisão ocorreu em meio a uma investigação da Polícia Federal, que culminou na prisão de Borges e outros associados no dia 15 de setembro, em Ilhéus, onde ele se encontrava acompanhado de sua família.
O advogado de Borges, Stéphane Quintiliano, revelou que o empresário deverá retornar ao Acre ainda esta semana para se apresentar às autoridades. “Ele precisa cumprir diversas medidas cautelares, conforme disposto no artigo 319 do Código de Processo Penal”, explicou Quintiliano. Dentre as exigências, destacam-se o comparecimento regular em juízo, o recolhimento domiciliar e a restrição de acesso a determinados locais durante a noite. O uso de monitoramento eletrônico será avaliado conforme a disponibilidade, conforme informou o defensor.
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A defesa de André Borges lembrou que a decisão da Justiça levou em consideração sua condição de réu primário, além de ter residência e emprego fixos na região. Enquanto isso, os outros investigados na operação permanecem sob custódia.
Contexto da Operação Inceptio
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Na última segunda-feira, a Polícia Federal prendeu cinco empresários com vínculos no Acre, sob a suspeita de estarem envolvidos em um esquema interestadual de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Esta ação, batizada de Operação Inceptio, começou em Rio Branco e se expandiu para outros sete municípios em seis estados brasileiros.
Entre os detidos estão os irmãos John Müller, Mayon Ricary e Marck Johnnes Lisboa, além de Douglas Henrique Silva da Cruz, sócio de André Borges. Este grupo é conhecido no Acre por promover eventos de grande porte e atuar em setores como construção civil, produção artística e gestão de casas noturnas.
De acordo com informações da Polícia Federal, os membros da organização criminosa são suspeitos de enviar grandes carregamentos de drogas do Acre para o Nordeste e o Sudeste do Brasil. O dinheiro oriundo dessas atividades ilícitas era gerido através de contas bancárias, criptoativos e empresas de fachada. A Justiça já determinou o bloqueio de mais de R$ 130 milhões em contas relacionadas ao esquema, além do sequestro de bens avaliados em R$ 10 milhões, que pertencem aos envolvidos.