Temperaturas Elevadas e Baixa Umidade no Acre
O estado do Acre fechou o mês de agosto com marcas alarmantes, conforme apontam dados da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A combinação de temperaturas elevadas, umidade baixa e ventos intensos transformou esse período em um dos mais severos do ano até agora.
Na capital, Rio Branco, as chuvas foram quase inexistentes, contribuindo para a escassez de recursos hídricos. De acordo com a ANA, o total acumulado de chuvas em agosto foi de apenas 19,0 mm, o que representa cerca de 33% da média esperada, que é de 57,0 mm. Os dados do Inmet corroboram essa tendência, com uma precipitação ainda mais baixa registrada: apenas 12,6 mm, o que equivale a 22% do normal para o período.
As altas temperaturas também são preocupantes. Em 22 de agosto, Rio Branco alcançou a marca de 36,7 ºC, a mais alta do ano. No último dia do mês, Epitaciolândia quebrou o recorde estadual, registrando impressionantes 37,7 ºC.
Riscos à Saúde e Ventos Fortes Agravam Situação
Outro aspecto crítico foi a baixa umidade do ar. No dia 15 de agosto, a umidade relativa em Rio Branco caiu para apenas 19%, um nível que, segundo especialistas, representa um risco à saúde pública, aumentando a probabilidade de problemas respiratórios e desidratação.
Além disso, ventos fortes também chamaram a atenção. Em Feijó, no dia 23, foram registradas rajadas de até 50,8 km/h, a maior do ano. Na capital, embora não existam estações meteorológicas no centro, estimativas indicam que os ventos que causaram danos no dia 31 podem ter superado os 70 km/h, conforme avaliação de meteorologistas.
Prevenção e Monitoramento
Com o aumento das temperaturas e a escassez de chuvas, as autoridades de saúde estão alertas. A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) divulgou um boletim que abrange as semanas epidemiológicas, onde as Síndromes Respiratórias estão em alta. O documento serve como um guia para a implementação de políticas públicas eficazes e ações de prevenção.
Até a semana epidemiológica 31, as consultas por Síndrome Gripal nas unidades de saúde do Acre ultrapassaram 18 mil, superando o número de atendimentos no mesmo período de 2024. Os jovens entre 20 e 29 anos foram os mais afetados, demonstrando uma tendência preocupante em relação à saúde pública.
Entre os vírus circulantes identificados estão o Rinovírus, Influenza B e SARS-CoV-2, todos associados a quadros de pneumonia e bronquite. A necessidade de vacinação é ressaltada, especialmente para grupos de risco, como crianças e idosos.
Conclusão e Recomendações
Com os dados alarmantes de agosto, as autoridades recomendam medidas rigorosas de prevenção, incluindo o uso de máscaras e a promoção de hábitos de higiene. O cenário no Acre exige atenção redobrada, tanto das instituições quanto da população, para mitigar os impactos das altas temperaturas e da baixa umidade.