Queda na Taxa de Desemprego no Acre
No segundo trimestre de 2025, a taxa de desemprego no Acre caiu para 7,3%, uma redução em relação aos 8,2% registrados nos primeiros três meses do ano. Os dados provêm da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta terça-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além da queda na taxa de desocupação, o levantamento também indica que a taxa de desocupação para a população com 14 anos ou mais diminuiu de 4,2% no primeiro trimestre para 3,9% no segundo trimestre. Outra notícia positiva é que a taxa de participação na força de trabalho aumentou de 51,8% para 53,7% no mesmo período, refletindo um crescimento no nível de ocupação, que saltou de 47,6% para 49,6%. Isso representa uma variação positiva de 1,6 ponto percentual.
No segundo trimestre de 2025, o número total de ocupados no Acre alcançou 324 mil, comparado aos 311 mil do trimestre anterior. A informalidade, por sua vez, atingiu 151 mil trabalhadores, enquanto o setor público absorveu 70 mil pessoas no primeiro semestre de 2025.
Do total de empregos formais, o setor privado empregou 146 mil, dos quais 85 mil tinham carteira assinada, um aumento em relação aos 83 mil do início do ano. A quantidade de trabalhadores sem carteira no setor privado também cresceu, passando de 54 mil no primeiro trimestre para 61 mil no segundo.
Rendimento do Trabalho em Queda
Apesar do crescimento no número de ocupados, o rendimento real do trabalho apresentou uma queda significativa. O rendimento médio real mensal de todos os trabalhos passou de R$ 2.693 no primeiro trimestre para R$ 2.537 no segundo trimestre de 2025. A tendência de queda foi observada também no rendimento efetivamente recebido, que recuou de R$ 2.856 para R$ 2.509.
Entre os trabalhadores com carteira assinada no setor privado, o rendimento médio do trabalho principal caiu de R$ 2.183 para R$ 2.131. Para os empregados sem carteira, a renda diminuiu de R$ 1.591 para R$ 1.471, evidenciando um desafio no aumento da qualidade de vida dos trabalhadores no estado.
Desafios e Oportunidades no Mercado de Trabalho
Com as mudanças no cenário econômico, especialistas têm discutido as implicações desses dados para o futuro do Acre. Um analista econômico, que preferiu não ser identificado, comentou: “Embora a queda na taxa de desemprego seja um sinal positivo, a redução do rendimento real é preocupante e pode impactar o consumo da população, refletindo em um cenário econômico instável”. Ele acrescentou que políticas públicas devem ser desenvolvidas para incentivar a formalização do trabalho e assegurar melhores salários.
O crescimento da força de trabalho e o aumento do número de ocupados sugerem um movimento de recuperação econômica, mas a situação dos rendimentos requer atenção imediata das autoridades. Os cidadãos esperam que medidas efetivas sejam implementadas para garantir que essa recuperação se traduza em melhorias na qualidade de vida, não apenas em números.