Acre se Destaca no Ranking de Capital Humano
No ano de 2025, o Acre alcançou a 15ª posição no Ranking Nacional de Capital Humano, conforme divulgado pelo Ranking de Competitividade dos Estados 2025, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). Essa conquista representa uma melhora significativa, já que o estado subiu uma posição comparado ao ano anterior, quando ocupava o 16º lugar.
O ranking de Capital Humano avalia aspectos fundamentais, como a qualificação da mão de obra, a relação com a produtividade, a inserção no mercado de trabalho e o custo salarial. Embora o peso desse indicador na metodologia seja de 8,3%, ele complementa o pilar de Educação, que tem uma influência maior de 11,3%, focando na formação dos profissionais do futuro.
Conforme o estudo, o Brasil ainda enfrenta um desafio crítico no desenvolvimento: a baixa escolaridade média da população, especialmente quando comparada à de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados demonstram que, apesar do avanço, o caminho para a excelência educacional e, por consequência, para a melhoria do Capital Humano, ainda está longe de ser pleno.
Indicadores que Formam o Retrato da Força de Trabalho
O levantamento considerou diversos indicadores, como anos de estudo, a proporção de trabalhadores com ensino superior, produtividade por trabalhador, custos da mão de obra, e a formalidade no emprego. Além disso, fatores como a inserção de jovens no mercado de trabalho, a subocupação e o desemprego de longa duração também foram avaliados, proporcionando uma visão abrangente da capacidade dos estados em formar e manter uma força de trabalho produtiva.
Os dados do pilar de Capital Humano foram coletados pelo IBGE e pela consultoria Tendências, abrangendo aspectos como custo de mão de obra, população economicamente ativa com ensino superior, produtividade dos trabalhadores, qualificação da mão de obra e a formalidade no mercado de trabalho. Essas informações são cruciais para entender a dinâmica do emprego e as oportunidades disponíveis para a população.
Uma Nova Era para a Justiça no Acre
É importante mencionar que, paralelamente a essa conquista no ranking, o Acre também se prepara para um momento histórico: pela primeira vez, a população poderá escolher juízes e juízas de paz por meio de votação direta e secreta. Essa iniciativa, que cumpre disposições da Constituição Federal de 1988, permitirá que o povo participe ativamente da escolha desses profissionais nas 22 comarcas do estado.
A eleição está agendada para o dia 30 de novembro e contará com a participação da sociedade civil. Um total de 25 vagas estão sendo oferecidas para o cargo, e o vencedor será aquele que obtiver o maior número de votos em cada comarca. Embora o voto para essas eleições não seja obrigatório, a expectativa é de que a participação da população seja expressiva, refletindo um avanço na cidadania e no fortalecimento das instituições locais.
Para garantir a eficácia do pleito, o apoio das Prefeituras será fundamental, incluindo a disponibilização de escolas para a instalação das urnas e transporte dos equipamentos. Essa ação não apenas reforça a importância da participação cívica, mas também evidencia o papel da sociedade na construção de uma justiça mais próxima e acessível.
Desafios para o Futuro
Além do avanço no Capital Humano, o Acre enfrenta desafios sérios em outros aspectos. O estado ficou em 26º lugar no ranking de Sustentabilidade Ambiental, apresentando um desempenho que preocupa em relação às diretrizes de desenvolvimento econômico sustentável. A análise aponta para uma queda significativa, já que o Acre ocupava o 23º lugar em 2024. Essa situação demonstra que é preciso um esforço conjunto para abordar questões ambientais que, se não forem tratadas, podem acarretar em custos econômicos futuros.
Os indicadores avaliados nesse pilar incluem emissões de gases poluentes, desmatamento, manejo de esgoto e gestão de resíduos, compondo um cenário que requer ações efetivas tanto no campo urbano quanto rural. O desafio para o Acre será encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental, garantindo que o progresso não venha à custa da qualidade de vida de suas comunidades.