Nova Redução no Abastecimento de Água
Entre os dias 11 e 20 de outubro, a Companhia de Águas e Esgotos do Acre (Saerb) registrou níveis alarmantes de turbidez na água captada, com medições superiores a mil Unidades de Turbidez Nefelométrica (NTU), chegando a ultrapassar os 2 mil NTU em alguns momentos. Para referência, o limite ideal para o tratamento de água, conforme estabelecido pelo órgão, é de até 800 NTU.
A quantidade de sedimentos, como lama e lodo, ultrapassou os padrões adequados para distribuição, resultando em uma nova diminuição na produção de água. “O que recebemos não é mais água tratável, mas sim uma mistura que se assemelha a lama. Nossas estações foram projetadas para operar dentro de certos limites e, quando esses limites são excedidos, somos obrigados a reduzir a vazão para garantir a qualidade”, esclareceu um representante da Saerb.
Ele detalhou que a estação que, em condições normais, é capaz de processar 1.600 litros por segundo, teve que ser ajustada para tratar apenas cerca de 1.200 litros. Em picos de turbidez extrema, esse número pode cair para até 400 litros por segundo.
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Os altos índices de turbidez são atribuídos a eventos climáticos, com chuvas intensas fora de época contribuindo para a descida de muito material sedimentar no rio. “Em geral, essa situação se normaliza em três dias, mas já estamos enfrentando nove dias com níveis acima de mil NTU”, acrescentou o especialista.
A redução na distribuição de água afeta diretamente a população de vários bairros de Rio Branco, que enfrentam uma limitação no abastecimento até que a turbidez diminua para níveis aceitáveis. O Saerb atende cerca de 150 mil residências na capital e recomenda que os cidadãos evitem desperdícios e utilizem a água de forma mais consciente até que a situação se normalize.
Atualmente, a Estação de Tratamento de Água (ETA 1), responsável por 40% da captação da cidade, encontra-se operando a uma vazão de 500 litros por segundo, abaixo de sua capacidade máxima de 600 litros. Paralelamente, a ETA 2, que fornece água para aproximadamente 60% da população, está distribuindo 950 litros em vez dos 1.000 litros que costumava enviar.
No mês de setembro, o Ministério Público do Acre (MP-AC) iniciou uma investigação sobre a escassez de água em Rio Branco, buscando entender as causas por trás das interrupções no abastecimento em diversos bairros. Na ocasião, o Saerb informou que a principal bomba da Estação de Tratamento de Água II (ETA II) havia apresentado falhas, provocando uma redução significativa no fornecimento a regiões como Calafate, Floresta e Distrito Industrial.