A eleição para o governo do estado no próximo ano promete ser marcada por uma nova e significativa possibilidade: a candidatura do atual prefeito Tião Bocalom. Em uma declaração feita ao BLOG, Bocalom revelou que está aberto a considerar a proposta de ser o candidato de consenso da aliança de direita que o elegeu, caso receba um convite formal. Ele enfatizou que, antes de tomar qualquer decisão, irá discutir a situação com seus aliados e o vice-prefeito Alysson Bestene, mas deixou claro que aceitará a candidatura se for chamado. Essa disposição do prefeito indica que o panorama político para a sucessão do governador Gladson Cameli está em constante evolução. Até o presente momento, apenas o senador Alan Rick (UB) e a vice-governadora Mailza Assis (PP) haviam se colocado como opções para o Palácio Rio Branco. Bocalom, entretanto, reafirmou que seu foco principal neste ano é concluir as 57 obras que estão em andamento em sua gestão, ressaltando que as discussões eleitorais devem ser tratadas no próximo ano.
Entretanto, a vontade do prefeito de se candidatar esbarra em uma condição: a unidade do grupo político em torno de sua candidatura só será viável se Mailza Assis abrir mão de sua própria postulação ao governo, algo que até agora não foi cogitado por ela. A possibilidade de um consenso dentro da aliança de direita dependerá, portanto, da disposição de todos os envolvidos em sacrificar suas ambições pessoais em prol de um objetivo comum.
Aliados de Bocalom têm comentado que a imagem do prefeito e a percepção sobre sua administração se tornaram mais favoráveis, em parte devido ao trabalho da primeira-dama Kelen Rejane. O diálogo constante dela com a população e a forma como ela se comunica dentro do contexto político têm contribuído para um ambiente mais leve e acolhedor. Essa interação é essencial para desanuviar o clima político, que muitas vezes é pesado.
Além disso, em uma conversa recente com um influente membro do MDB, ficou claro que o foco do partido não é apoiar Jéssica Sales como candidata a vice na chapa de Alan Rick. O interlocutor destacou que a prioridade do MDB deve ser garantir uma representação significativa na Câmara Federal, visto que ter deputados federais é fundamental para o fortalecimento do partido e para o acesso a recursos do Fundo Eleitoral. Nesse sentido, a figura de Jéssica Sales é considerada valiosa para a disputa, mas sua atuação como vice não traria os mesmos benefícios.
Outro ponto a ser considerado é que decisões políticas tomadas de forma impulsiva podem ter consequências negativas para a população. Um exemplo disso é a recente votação, onde apenas o deputado federal José Adriano (PP) se posicionou contra a derrubada de um veto que poderia resultar em um aumento nas contas de energia devido ao uso de termoelétricas. Seu voto foi um ato de consciência e preocupação com o bem-estar dos consumidores.
A situação da Reserva Extrativista Chico Mendes, por sua vez, só mudará com alterações na legislação ambiental. Não adianta promover reuniões ou discutir o assunto em termos emocionais, uma vez que essa questão é puramente jurídica e já foi decidida por meio de um processo judicial. A solução não pode ser encontrada por meio de esforços diplomáticos ou tentativas de contornar a legislação vigente.
O senador Sérgio Petecão (PSD) também se manifestou sobre a situação política atual, afirmando que o partido não tomará decisões sobre a disputa pelo governo até que o cenário eleitoral se torne mais claro. Ele reiterou sua disposição para conversas, mas reafirmou que deseja continuar na presidência do partido.
O próximo ano pode trazer uma das disputas mais acirradas para o Senado, com nomes experientes como Gladson Cameli (PP), Mara Rocha (sem partido), jorge viana (PT), Márcio Bittar (UB) e Sérgio Petecão (PSD) competindo pelas duas vagas disponíveis. Todos esses candidatos já têm história nas urnas, o que promete uma corrida eleitoral intensa.
Por fim, é importante destacar que a política requer oposição para a manutenção da democracia. O vereador Eber Machado (MDB), que foi eleito para representar a oposição, está cumprindo seu papel de acordo com os votos que recebeu. A diversidade de opiniões é essencial para um debate saudável e construtivo.
A formação de uma federação entre o MDB e os Republicanos segue sendo um assunto debatido, mas ainda não parece haver consenso, especialmente no cenário nacional. Caso a federação não se concretize, ambos os partidos precisarão trabalhar arduamente para montar chapas competitivas para a eleição de deputados federais.
Um ensinamento valioso do ex-governador Geraldo Mesquita é que, na política, é preferível ignorar ataques e não mencionar adversários, pois isso pode ser mais doloroso para eles do que qualquer crítica direta. Essa estratégia é uma das razões pelas quais Mesquita é lembrado como uma figura respeitada na política acreana.
Em relação a outra questão, houve um boato sobre uma possível candidatura de Perpétua Almeida (PCdoB) a deputada federal pelo MDB, mas a liderança do partido não pareceu levar essa possibilidade a sério, já que o foco deve ser encontrar candidatos que possam garantir vitórias e continuidade dentro da sigla.
Por fim, destaca-se que a pressão sobre o prefeito Tião Bocalom para que ele se afaste de seu cargo para concorrer ao governo é maior do que nunca, especialmente por parte do vice-prefeito Alysson Bestene, que vê isso como uma oportunidade para se candidatar à reeleição.
A expectativa em relação aos desdobramentos políticos para o próximo ano é imensa, e a forma como essas questões serão tratadas terá um impacto significativo no futuro político do estado.