Adrielle Farias Compartilha Suas Experiências na COP30
No mais recente episódio do podcast Sem Filtro, promovido pelo Portal Acre, a jornalista acreana Adrielle Farias compartilhou sua trajetória e experiências marcantes na carreira. O programa, que é uma fonte de entretenimento e empreendedorismo, contou com a presença de Adrielle, que se destacou por ser a única brasileira selecionada para a bolsa do Climate Change Media Partnership (CCMP) durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, realizada em novembro em Belém, no Pará.
Desde que soube que a COP30 aconteceria no Brasil, o desejo de participar desse evento internacional cresceu em Adrielle. A jornalista decidiu se inscrever na bolsa, e surpreendentemente, conseguiu avançar nas etapas de seleção. “A COP foi um sonho realizado, porque desde que foi anunciado que seria aqui no Brasil, eu já estava com muita vontade de ir. Me inscrevi e quando passei na primeira fase, pensei: ‘Ah, legal, passei. Está ótimo, já é uma vitória’”, contou.
Para Adrielle, a experiência na COP30 foi extremamente enriquecedora, especialmente por ser a única representante do Brasil entre 11 profissionais de diferentes partes do mundo. “O que não mostrei no dia a dia, enquanto fazia a cobertura, foram as 4 horas de sono que consegui por dia. Minha rotina era basicamente em um espaço que chamavam de área restrita”, revelou.
A cobertura do evento exigiu muita dedicação e mudanças na rotina da jornalista. “Às vezes, na correria, a gente não consegue se alimentar direito. Eu estava ali na equipe do Terra, mas, ao mesmo tempo, era a única encarregada de filmar, fotografar e narrar as histórias”, explicou.
Experiência Transformadora e Desafios na COP30
Adrielle destacou a importância da vivência na COP30 como um marco em sua carreira. “Foi muito legal porque, por exemplo, eu estava no mesmo espaço que a Marina Silva, tomando café. Encontrei muitos colegas do Acre, fotografando e trabalhando. Embora tenha sido muito cansativo e desafiador, foi uma experiência positiva”, acrescentou.
Além de relatar suas experiências pessoais, a jornalista também abordou um tema relevante: a cobertura da Amazônia pela mídia nacional. “Eu percebo que a grande mídia não retrata as reais necessidades da Amazônia, que são as vivências das pessoas que estão na região. Não falo de nós que moramos em Rio Branco, mas sim dos ribeirinhos, seringueiros e quilombolas”, comentou. Adrielle ressaltou a importância de dar voz às comunidades que enfrentam as mudanças climáticas diretamente.
Adrielle enfatizou que pessoas que habitam áreas remotas sofrem de forma diferente em comparação a quem reside em grandes centros urbanos. “Acredito que ainda temos um longo caminho pela frente. As pessoas que vivem onde o rio seca e não há peixe para pescar estão enfrentando dificuldades enormes”, finalizou.
