A troca de experiências fortalece a relação entre escola e família em Porto Acre
Uma equipe da Central de Referência em Educação Especial da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) se deslocou até a escola Jader Saraiva Machado, situada na Vila do V, em Porto Acre, para realizar uma roda de conversa voltada para pais e mães de alunos. O evento trouxe como tema central “cuidando de quem cuida”, um espaço para refletir sobre o cotidiano familiar.
A professora Cesária Edna dos Santos, integrante da equipe da Central de Referência, compartilhou que Porto Acre foi o único município onde a roda de conversa ocorreu em todas as escolas da rede. Além da Jader Saraiva, as atividades também foram realizadas nas escolas Edmundo Pinto, Plácido de Castro, entre outras locais do município.
Esta iniciativa surgiu após uma primeira rodada de discussões que abordou os “desafios enfrentados no contexto escolar”. Agora, o objetivo é retornar com um enfoque específico sobre os cuidados que os responsáveis precisam ter consigo mesmos enquanto educadores dos filhos. O encerramento desta segunda etapa está previsto para o dia 4 de dezembro na escola Plácido de Castro.
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Fonte: novaimperatriz.com.br
No encontro anterior, os pais compartilharam suas dificuldades em lidar com os desafios de educar as crianças em casa. Nesta nova conversa, a intenção é ouvir os relatos dos responsáveis, contribuindo para que a escola compreenda as dificuldades e anseios das famílias.
A professora Socorro Oliveira, chefe da Central de Referência, ressaltou a importância de avaliar alunos com transtornos de neurodesenvolvimento. “Essas avaliações são essenciais. Observamos que também é necessário acolher os pais, pois a família é parte fundamental no triângulo que envolve escola, família e secretaria”, enfatizou.
“Pensamos nessas rodas de conversa como uma oportunidade para que os pais compartilhem como têm lidado com o comportamento dos filhos e as dificuldades enfrentadas. Assim, a equipe pode oferecer apoio tanto na forma de conhecimento quanto na escuta ativa”, disse.
Durante as rodas de conversa, várias dinâmicas são promovidas, conforme explica a professora Socorro Oliveira. “Essas atividades fazem com que os pais acabem refletindo sobre suas realidades, permitindo que ressignifiquem os desafios diários. Entender mais sobre os transtornos ajuda os pais a se relacionarem melhor com seus filhos”, frisou.
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Fonte: soudejuazeiro.com.br
A professora Maria Luzinete Fiorese, responsável pela sala de atendimento educacional especializado da escola Jader Saraiva, também enfatizou a relevância do encontro. Para ela, é crucial que os pais aprendam a lidar com os desafios que seus filhos enfrentam. “Os pais muitas vezes se sentem perdidos ao lidar com as deficiências de seus filhos. Esse espaço é vital para que esclareçam suas dúvidas e aprendam a enfrentar dificuldades, especialmente em momentos críticos”, ressaltou.
A gestora da escola, professora Suze Almeida, defendeu a importância do contato constante com os pais. “Devemos ter um diálogo aberto com eles. Muitos pais vivem em áreas distantes e têm dificuldades para chegar até a escola, por isso trazemos essas reuniões para mais perto”, explicou.
Fortalecer os laços entre escola e família é uma prioridade, segundo a professora Fabíola Baquer, assessora pedagógica de educação especial da SEE em Porto Acre. “Nosso foco não é apenas nos alunos, mas também em cultivar uma parceria forte com as famílias, pois elas são fundamentais no processo educativo”, destacou.
“Orientar os pais é essencial, especialmente aqueles que têm filhos neurodivergentes e enfrentam desafios. Sabemos que muitos na comunidade carecem de informações, e nosso apoio é crucial”, acrescentou.
Entre os participantes, Alzemina Paiva, avó do aluno Eduardo Paiva, aluno da segunda série do ensino médio, compartilhou sua experiência. “Essas rodas têm sido valiosas, pois aprendi a ter mais paciência ao lidar com meu neto. O diálogo se tornou muito mais fácil”, comentou.
Regiane Lima, mãe do aluno Gustavo Lima, do nono ano do ensino fundamental, também participou e avaliou positivamente a interação. Apesar de seu filho ser tranquilo em casa com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), ela reconhece a importância do diálogo na escola. “Essas rodas nos oferecem ensinamentos valiosos sobre como lidar com diversas situações”, concluiu.
